A pesquisadora Rosemary Ferreira de Souza, egressa do curso de Letras/Português, conquistou um importante prêmio a partir do estudo elaborado para a tese defendida no mestrado em Estudos Literários, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Na próxima quarta-feira (19/8), ela receberá o prêmio/2015 “Afrânio Coutinho”, concedido pela União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ) na categoria “Crítica Literária”.

A dissertação foi defendida em 2014 e, neste ano, Rosemary publicou o conteúdo no livro “Poesia e Crítica”, pela Editora Kelps. Na tese, a mestre fez uma pesquisa concentrada em três livros de poemas: Sintaxe invisível (1967), A raiz da fala (1972) e Arte de armar (1977) – trilogia do escritor goiano Gilberto Mendonça Teles, poeta e crítico literário que reside no Rio de Janeiro.

Esta é a primeira tese produzida no âmbito do mestrado em Letras/Estudos Literários da Unimontes que é agraciada com um prêmio de crítica após publicação em livro. O prêmio faz homenagem ao escritor baiano Afrânio Coutinho (in memoriam), imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e que também atuou como médico e professor de Literatura e História. Afrânio foi um dos fundadores da UBE-RJ e da Faculdade de Letras da UFRJ.

SATISFAÇÃO

“Realmente foi um prazer e satisfação trabalhar com a obra de Gilberto Mendonça Teles, profundo conhecedor da arte poética e arguto crítico literário, excelente professor, conferencista respeitado e reconhecido pelo trabalho sério e valoroso e poeta da arte e do amor”. A pesquisadora completa: “Sinto-me honrada por ser agraciada com o Prêmio Afrânio Coutinho, principalmente pelo reconhecimento ao meu estudo. Compartilho, feliz, com toda a equipe do mestrado e com a Fapemig esta honrosa premiação”.

A pesquisadora premiada descreve a pesquisa que fez com base na trilogia no autor goiano: “desenvolvi uma teoria do poema, mostrando sua dupla atividade criadora, a poesia e a crítica, com o amadurecimento gradativo da expressividade na sua composição poética”.

Ainda segundo Rosemary, o poeta faz uma defesa da poesia com o conhecimento da arte, adentra as franjas do texto literário – sobretudo a poesia – no percurso ordenado pelos “sortilégios da criação”.

“Os sortilégios da poesia de Gilberto Mendonça Teles vêm do jogo, da retórica, da luta com as palavras, do pleno exercício com a linguagem e da imaginação criativa, valorizando o contexto de escrita, como foi possível observar nos três livros estudados.

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