Foi divulgada nessa terça-feira (10/12), a avaliação dos programas de mestrados e doutorados brasileiros, realizada a cada três anos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do MEC. Os programas de pós-graduação Stricto sensu da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) alcançaram desempenho positivo na avaliação, o que revela a melhoria da qualidade dos cursos, o incremento da pesquisa e o aumento das publicações técnicas e científicas.

O pró-reitor de Pós-Graduação, Hercílio Martelli Junior, destaca que os conceitos da Capes representam a mais importante avaliação dos programas de mestrados e doutorados do País. “Alcançamos resultados bastante expressivos, que devem ser compartilhados com todos os diretores de centros, chefes de departamentos, coordenadores de cursos, professores, pesquisadores, servidores técnico-administrativos e alunos dos programas de pós-graduação”, comenta.

O professor Hercílio participou da solenidade de divulgação do sistema de avaliação, em Brasília/DF, que contou com as presenças do ministro da Educação, Aloizio Mercadante; e do presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, além do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp. Foi apresentado o desempenho de 5.082 programas de pós-graduação, sendo 2.893 mestrados acadêmicos, 397 mestrados profissionais e 1.792 doutorados.

No sistema de avaliação da Capes, há uma variação numérica: os cursos de mestrado podem chegar até o conceito cinco enquanto os programas de doutorado podem ir até 7. Um dos destaques da Unimontes foi o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (mestrado acadêmico e doutorado), avaliado com o conceito 5. O mestrado profissional em Cuidado Primário em Saúde recebeu a nota 4, mesmo conceito conferido aos programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social e em Produção Vegetal no Semiárido (mestrado e doutorado).

“Os demais cursos de pós-graduação da Universidade apresentaram importantes indicadores de crescimento acadêmico”, afirma o professor Hercílio Martelli Júnior. “A avaliação trienal da Capes não é uma corrida de 100 metros, mas assemelha-se a uma maratona. Neste percurso, levam-se em conta diversos indicadores que são lentamente construídos, destacando a produção científica discente e docente, o impacto do curso na região de inserção e a coerência pedagógica dos programas, entre outros fatores”, ressalta o pró-reitor de Pós-Graduação da Unimontes.

O reitor da Unimontes, professor João dos Reis Canela, observa que as notas obtidas no estudo da Capes resultam dos investimentos realizados na ampliação da oferta e da melhoria da qualidade dos cursos de mestrado e doutorado. “A universidade vive um momento novo, com a expansão da pós-graduação Stricto sensu. Os bons conceitos alcançados junto a Capes são frutos do esforço de toda comunidade acadêmica, especialmente dos professores e alunos envolvidos nos programas”, afirma João Canela.

Cópia de LABORATÓRIO DE ANATOMIA VEGETAL - CAMPUS-SEDE - 2013 7

Acadêmica faz análise em microscópio no laboratório de anatomia vegetal

Ele destaca também a importância das instituições parceiras e agências de fomento como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além da própria Capes. Nesse sentido, o professor Hercílio Martelli Júnior acrescenta: “essas instituições parceiras contribuem muito para o desempenho dos programas de pós-graduação, por intermédio de bolsas de estudo, financiamentos de projetos, infraestrutura e outras modalidades de fomento”.

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unimontes, professor André Luiz Sena Guimarães, a nota 5 recebida na avaliação da Capes mostra um grande avanço e abre novas perspectivas para os cursos de mestrado e doutorado oferecidos na área.

“Essa nota cria uma possibilidade para classificação dos nossos cursos no nível de excelência. É um reconhecimento de que aumentamos a produção de artigos científicos e elevamos qualidade das dissertações de mestrado e das teses de doutorado. Além disso, obtivemos a melhoria da qualidade na pesquisa”, observa André Sena.

Ele lembra que o mestrado em Ciências da Saúde foi criado em 2007 e conta atualmente com 18 alunos. Já o doutorado da área foi aprovado pela Capes em 2010 e, atualmente, conta com 30 alunos. Até então, a instituição formou 47 mestres e três doutores em Ciências da Saúde.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

O bom desempenho da Unimontes no levantamento da Capes também é enaltecido pelo professor Rômulo Soares Barbosa, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social. Ele lembra que na avaliação anterior da Capes (de 2010), o mestrado em Desenvolvimento Social ficou com a nota 3. “Agora, recebemos nota 4, que expressa o reconhecimento da melhoria do nosso curso, tanto do ponto de vista da qualidade discente e das dissertações como da produção científica dos alunos e docentes, na publicação de artigos, livros e capítulos de livros”, relata Rômulo Barbosa.

O coordenador destaca, ainda, que o conceito 4 possibilita que a Universidade Estadual de Montes Claros possa pleitear junto à Capes a criação do doutorado em Desenvolvimento Social. O mestrado na referida área foi criado pela Unimontes em 2004 e já alcançou 133 mestres formados na instituição. Atualmente, o curso conta com 40 alunos matriculados.

PRODUÇÃO VEGETAL NO SEMIÁRIDO

O professor Edson Mizubutsi, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal no Semiárido, ressalta que a nota 4 na avaliação da Capes, além de demonstrar o incremento da pesquisa e do aumento da produção científica na área, representa a possibilidade de captação de mais recursos para a universidade. “Com a boa avaliação, a Unimontes poderá receber mais verbas das agências de fomento, como a Fapemig e o CNPq para investimentos nos próprios programas de mestrado e doutorado e na pesquisa”, considera Edson Mizubutsi.

O mestrado em Produção Vegetal no Semiárido funciona desde 2006 no Campus de Janaúba. Atualmente, o curso conta com 42 mestrandos, sendo que já foram formados 86 mestres nesta área pela Unimontes. Em 2013, foi aprovado pela Capes doutorado em Produção Vegetal no Semiárido. Ainda em dezembro, será publicado o edital do processo seletivo do doutorado, com o preenchimento de seis vagas e início das atividades em fevereiro próximo, também em Janaúba.

CUIDADO PRIMÁRIO EM SAÚDE

Coordenador do mestrado profissional em Cuidado Primário em Saúde, o professor Antônio Prates Caldeira explica que o momento é de orgulho e alegria, tendo em vista que poucos cursos profissionais conquistaram esta nota (4). “Ao mesmo tempo, este conceito representa se traduz numa responsabilidade para o grupo de professores avançar cada vez mais na manutenção e na progressão da nota”, disse. “O apoio da instituição foi imprescindível para o funcionamento pleno do programa de mestrado. É bom destacar o envolvimento intenso de todos os professores e pesquisadores no programa”, completou.

O mestrado profissional em Cuidado Primário em Saúde foi implantado pela Unimontes há sete anos e já ofereceu ao mercado uma média de 40 mestres. A turma atual conta com 13 alunos e o processo para a seleção de novos integrantes está em andamento.

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