Membros da liga Acadêmica durante o atendimento ao paciente.

A campanha “Agosto Laranja” é dedicada à conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM). No contexto dessa ação, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) se destaca por meio de uma importante iniciativa: a Liga Acadêmica de Neurologia e Neurofisiologia (LAN), um projeto de extensão que promove o atendimento especializado a pacientes acometidos pela Esclerose Múltipla e outras doenças raras. A LAN também reforça o compromisso da universidade com a promoção da saúde e o aprimoramento técnico-científico de seus discentes.

A Liga Acadêmica de Neurologia e Neurofisiologia é coordenada pelo médico neurologista e neurofisiologista Luís Fernando Guimarães e foi instituída para suprir a demanda assistencial da região Norte de Minas Gerais. O projeto iniciou suas atividades ambulatoriais em março de 2023 no Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves (CAETAN), vinculado ao Hospital Universitário Clemente de Faria (HU-Unimontes). O objetivo é fornecer suporte diagnóstico e terapêutico gratuito a pacientes encaminhados pela Secretaria de Saúde. Além disso, a LAN representa uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento acadêmico dos estudantes de medicina da universidade.

A Esclerose Múltipla é uma patologia neurológica crônica e autoimune, caracterizada pelo ataque do sistema imunológico ao sistema nervoso central, resultando em lesões cerebrais e medulares. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, aproximadamente 40 mil brasileiros são afetados pela doença, que incide predominantemente em adultos jovens, especialmente mulheres, na faixa etária entre 20 e 30 anos. Os sintomas da Esclerose Múltipla são diversificados, podendo incluir fraqueza muscular, perda visual, instabilidade ao caminhar, entre outros.

O coordenador da Liga Acadêmica de Neurologia e Neurofisiologia, Luís Fernando Guimarães.

O diagnóstico da doença requer uma avaliação detalhada realizada por um neurologista experiente, complementada por exames como a ressonância magnética e a análise do líquor. Embora a cura para a doença ainda não seja viável, o tratamento precoce, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), busca estabilizar a condição do paciente, assegurando uma melhor qualidade de vida.

Como são Feitos os Atendimentos

Os atendimentos para as pessoas acometidas pela enfermidade, realizados no CAETAN/HU Unimontes, contam com a supervisão direta do especialista Luís Fernando Guimarães, que atua em parceria com os acadêmicos da Liga. “Este é um projeto de extensão formalmente registrado nas Pró-Reitorias de Extensão e Ensino. Os atendimentos são realizados por intermédio do SUS, assegurando aos pacientes o acesso ao tratamento integral, incluindo medicamentos de alto custo”, afirma o médico.

“Todo esse sonho se iniciou em 2016 e foi firmado em uma carta motivacional enviada ao Programa de Bolsa em Estágio de Neuroimunologia (PROBEN). Após 8 anos, é uma grande satisfação viver toda essa realidade”, relata Luís Fernando Guimarães.

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