O acadêmico Edrei Maia Soares, do 7º período do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros, deixou o campus-sede por um ano para estudar na Hungria em uma das mais tradicionais universidades do Leste Europeu. Ele é um dos acadêmicos da Unimontes que participam do Programa Ciência sem Fronteiras para o intercâmbio e mobilidade internacional ofertado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério da Educação (MEC) – por meio de suas respectivas instituições de fomento: CNPq e Capes.

Já Guilherme Almeida Borges permanecerá por um ano e meio nos Estados Unidos. Aluno do 7º período do curso de Odontologia, ele está numa instituição no estado de Kentucky. Assim como Edrei, ele destaca no programa a possibilidade de conhecer outras perspectivas acadêmicas, conhecer outras culturas e interação com outros modelos educacionais.

Nas últimas chamadas do “Ciência sem Fronteiras”, cerca de 60 acadêmicos da Unimontes se inscreveram e 51 tiveram os pedidos homologados e estão em fase de análise pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Guilherme Borges está na Western Kentucky University, na cidade de Bowling Green na costa oeste dos EUA, com direito a uma bolsa mensal no valor de US$ 300,00. As despesas de hospedagem e alimentação já são pagas pelo programa, assim como uma bolsa material para a compra de materiais didáticos e despesa com passagem, dentre outros gastos.

“Considero uma ótima possibilidade de desenvolver pesquisas sob outra perspectiva acadêmica. Esse intercâmbio me permite condições de vivenciar disciplinas que não seriam possíveis no Brasil” disse Guilherme, que pretende se focar em disciplinas como Patologia e Estomatologia. A partir daí, espera participar de pesquisas voltadas ao câncer bucal. Natural de Salinas (Norte de Minas) é a primeira vez que ele deixou o País.

TRÊS IDIOMAS

Guilhermeborges destaqueEdrei Maia está na Universidade de Pécs, na cidade de mesmo nome, na Hungria, para cursar matérias vinculadas à parte de clínicas. “Tenho aulas todos os dias na faculdade e já penso em fazer parte de projetos de iniciação científica. É uma oportunidade ímpar de crescimento tanto acadêmico como pessoal; uma experiência inigualável”, avalia.

O estudante de Medicina destaca a experiência que vive para aprender novos idiomas: “além do inglês, que é pré-requisito para participar do Programa, já me comunico em húngaro, alemão e francês. A Universidade de Pécs é referência por reunir pessoas de várias partes do mundo”, completa Edrei. Segundo ele, a escolha pela universidade húngara está no fato de ser o único curso trabalhado em língua inglesa que oferece estágio clínico para Medicina.

Ainda segundo o acadêmico, há um coordenador estudantil que dá suporte aos alunos estrangeiros que “nos ajuda nas questões burocráticas”, além de duas estudantes do próprio curso que são responsáveis por apresentar todas as unidades de funcionamento da faculdade e da própria cidade.

MAIS PROGRAMAS

Além do Ciência sem Fronteiras, a Unimontes possui acordos internacionais com instituições de ensino de diversos países, o que permite a troca de conhecimentos, novas culturas e práticas educativas. Por exemplo: a universidade integra também o grupo Minas/França, que é coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes).

A participação mais efetiva da Unimontes permitirá não apenas o estabelecimento de cooperações com instituições francesas, mas também de outros países, visto que o grupo promove o intercâmbio de parcerias e cooperação em projetos de pesquisa.

A Unimontes possui o Núcleo de Intercâmbio de Cooperação Institucional (NIC) e, em 2013, a Unimontes passou a se posicionar mais solidamente no que se refere à internacionalização e, por isso, o balanço é positivo. Destaca-se também a renovação da cooperação entre a Unimontes, especificamente o mestrado em Desenvolvimento Social, e a Universidade Kässel, na Alemanha, com a publicação de vários periódicos.

Outro ponto positivo está na iniciativa coordenada pela Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM), que permitirá a mobilidade acadêmica entre as Universidades Estaduais do País. A Unimontes participará da iniciativa, provavelmente a partir do segundo semestre deste ano.

METAS PARA 2014

Uma das metas do NIC para 2014, coordenado pela professora Maria ngela Figueiredo Braga, é criar procedimentos para centralizar todas as informações relativas à internacionalização. O funcionamento do Núcleo está vinculado à Pró-Reitoria de Ensino. “Além de buscar o conhecimento, esperamos que a Unimontes também se transforme em referência para a comunidade acadêmica de outros países”, explica a coordenadora. Mais informações pelo e-mail nic@unimontes.br.

Relacionadas

Reitor aborda desafios do atual momento da Unimontes e convoca: “Precisamos expandir nossas ações”
NIC/Unimontes oferece 225 vagas em oito cursos presenciais de inglês
Pesquisa da Unimontes avalia condições de saúde dos quilombolas
Reitores da Unimontes e UEMG discutem ações conjuntas
Filosofia: agenda em maio terá laboratório com debate sobre currículo e defesas de dissertações
Unimontes entre as convidadas para audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Ciência, na Assembleia