Em 2017, o aumento do custo de vida em Montes Claros, sexta maior cidade do Estado, foi de 4,03%, menos da metade da variação acumulada em 2016, que foi de 8,55%. É o que aponta o levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A pesquisa mede o custo de vida para as famílias com rendimento entre um e seis salários mínimos mensais no principal município do Norte do Estado.

Conforme o estudo, ao longo dos 12 meses de 2017, dos sete grupos de despesas avaliados, a “alimentação” teve variação negativa, de – 0,12%. “Educação e Despesas Pessoais” foi o grupo que sofreu maior aumento (9,98%). Nos demais grupos, os índices de variação foram os seguintes: “Habitação” (8,21%), “Artigos de Residência” (8,01%), “Saúde e Cuidados Pessoais” (7,61%), “Vestuário” (7,25%) e “Transportes e Comunicação” (1,07%).

Coordenadora do IPC/Unimontes, a professora de economia Vânia Silva Vilas Bôas Lopes salienta que um fator que contribuiu para a redução do custo de vida no ano passado em relação a 2016 foi a baixa de preços dos gêneros alimentícios que compõem a chamada “ração essencial mínima”, que registraram em 2017 uma inflação acumulada negativa de – 5,75%. Devido à safra agrícola recorde, por conta da lei da oferta e da procura, houve uma queda nos preços de itens básicos como o arroz e o feijão.

Confira

A economista ressalta que os gêneros alimentícios pesam muito na medida da inflação no município, pois o grupo corresponde a 35% do custo de vida das famílias montes-clarenses. Por outro lado, ela lembra que no grupo “Habitação” (que teve aumento de 8,21%) verifica-se uma grande contribuição do aumento do preço do gás de cozinha, de aproximadamente 58% ao longo de 2017.

Profvania VilasAinda conforme a pesquisa do Departamento de Economia da Unimontes, as variações do Índice de Preços ao Consumidor em Montes Claros ao longo dos 12 meses de 2017 foram: janeiro (0,44%), fevereiro (0,27%). Março (0,58%), abril (0,38%), maio (0,42%), junho (0,05%), julho (0,22%), agosto (0,76%), setembro (0,19%), outubro (0,47%), novembro (0,08%) e dezembro (0,10%).

BOAS PERSPECTIVAS PARA 2018

A pesquisadora Vânia Vilas Bôas observa que, mesmo com a elevação do custo de vida em Montes Claros durante o ano de 2017 ter sido inferior à metade da inflação medida no município em 2016, a população não tem muito o que comemorar. “Pois, tivemos um ano de baixo crescimento econômico e alta taxa de desemprego”, observa.

Por outro lado, a economista ressalta que as perspectivas são de melhorias para 2018. “No ano passado, com a alta taxa de desemprego e desempenho pífio da economia, o consumo foi baixo. Mas, agora, com a baixa da inflação, com o governo prevendo a redução da taxa de juros, a perspectiva é do aumento em empregos, elevação do consumo e da melhoria do poder aquisitivo da população”, destaca a professora.

Relacionadas

Reitor aborda desafios do atual momento da Unimontes e convoca: “Precisamos expandir nossas ações”
NIC/Unimontes oferece 225 vagas em oito cursos presenciais de inglês
Pesquisa da Unimontes avalia condições de saúde dos quilombolas
Reitores da Unimontes e UEMG discutem ações conjuntas
Filosofia: agenda em maio terá laboratório com debate sobre currículo e defesas de dissertações
Unimontes entre as convidadas para audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Ciência, na Assembleia