A Universidade Estadual de Montes Claros estuda a viabilidade de uma parceria que permitirá o desenvolvimento dos estudos de monografias, dissertações e teses a partir de demandas da comunidade. Trata-se de uma plataforma tecnológica proposta pela Prefeitura de Janaúba, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, e que tem a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) como co-autora da iniciativa.
O assunto foi destaque na abertura do III Simpósio de Pesquisa Científica, aberto na manhã desta terça-feira (27/11), no Centro Cultural de Janaúba (Norte de Minas). O evento é organizado pelo campi locais da Unimontes e da UFVJM, com parceria do Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG).
A programação se estenderá até esta quarta-feira, com palestras, áreas de discussão e apresentação de 300 trabalhos científicos de acadêmicos, mestrandos, doutorandos, pesquisadores e professores. O III Simpósio de Pesquisa Científica integra as atividades do 12º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão (FEPEG). É organizado pelo Departamento de Ciências Agrárias sob o tema “Contribuições da Pesquisa Científica para o Desenvolvimento do Norte de Minas Gerais”
O vice-reitor da Unimontes, professor Antonio Alvimar Souza, presidiu a solenidade de abertura do Simpósio e destacou o alcance social que a proposta em estudo sugere ao Norte de Minas e demais regiões de abrangência da instituição. “A Universidade tem um papel diferenciado na produção do conhecimento. A pesquisa não é algo distante do cotidiano das pessoas. Ela é uma atitude que impulsiona o desenvolvimento da sociedade. Ela promove grandes transformações, que só acontecem se o conhecimento estiver a serviço das pessoas e a Universidade tem condições de ir à busca destas soluções por meio das pesquisas”.
IDEIA
Secretário de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio de Janaúba, Valter Moreira Abreu é o autor da proposta e explica que a utilização dos estudos acadêmicos está associada às demandas de municípios e empresas. “Ainda é uma ideia, que pode ser melhorada e ampliada. Consiste em colocar os graduandos à disposição para o desenvolvimento de monografias que tenham aplicabilidade para as necessidades da comunidade, com potencial para se tornar um produto, patente, processo de produção ou mesmo a geração de empregos para o próprio acadêmico”. Segundo ele, juntas, as instituições de ensino do Norte de Minas e Vales alcançam 10 mil profissionais graduados a cada ano.
O pró-reitor de Pesquisa, professor Virgílio Mesquita Gomes, fez uma apresentação aberta aos professores e acadêmicos sobre os programas de Iniciação Científica da Unimontes, que dispõem de bolsas para pesquisas e estudos dentro das graduações.
Para o diretor do Instituto de Engenharia, Ciência, e Tecnologia da UFVJM, Antônio Carlos Guedes Zappalá, as parcerias tornam-se ainda mais importantes quando encontram a aplicabilidade para os projetos acadêmicos e devolvem o conhecimento para a sociedade. “Precisamos ir até a comunidade, identificar as demandas a partir dos diálogos e compartilhar o saber sob o efeito multiplicador. Se uma pessoa estuda numa universidade pública e busca qualidade, ela precisa fazer parte deste processo de melhoria. A sua pesquisa pode e deve ser revertida para dentro da universidade e, ao mesmo tempo, abranger a sociedade, seja num projeto de pesquisa, num TCC ou outra iniciativa que a comunidade esteja precisando”.
Presidente do comitê organizador do Simpósio, o professor Abner José de Carvalho, da Unimontes, já destaca os efeitos na realização do evento, a começar pelo envolvimento maciço dos acadêmicos e professores, com mais de 300 trabalhos selecionados para apresentação e palestras temáticas que contribuem ainda mais com a geração de conhecimento científico e tecnológico.
