O Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), recebeu, na última segunda-feira (03/02), um importante equipamento médico para auxiliar em cirurgias otorrinolaringológicas e de cabeça e pescoço. Trata-se do Aparelho de Monitorização Intraoperatória (AMI), que, até então, só estava disponível na rede privada. Destaca-se que este é o primeiro AMI a atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Norte de Minas, elevando o HUCF à condição de pioneiro em cirurgias otorrinolaringológicas e de cabeça e pescoço com segurança ampliada.

O equipamento, adquirido pelo HUCF por R$ 147.000,00, tem como objetivo monitorar nervos durante as cirurgias, evitando lesões e sequelas pós-operatórias. O Aparelho de Monitorização Intraoperatória permitirá a realização de cirurgias otorrinolaringológicas — como a mastoidectomia, que envolve a área interna do ouvido — e cirurgias de cabeça e pescoço, incluindo tireoide, parótidas e laringe, além da monitorização de nervos em procedimentos minuciosos e de alto risco.

O superintendente do HUCF, Iuri Simões Mota, comemorou a chegada do AMI: “Parabéns à equipe de Otorrinolaringologia e a todos que se empenharam na aquisição do equipamento. Sem dúvida, esse é exatamente o tipo de avanço que o Hospital Universitário busca. Conseguimos nos manter sempre à frente, assegurando o melhor nível tecnológico possível, tanto em equipamentos quanto em estrutura”, afirmou com entusiasmo.

O entusiasmo foi compartilhado pelo médico Leandro Gusmão, preceptor da residência em Otorrinolaringologia no HUCF, ao destacar: “Hoje é um marco muito importante para o Hospital Universitário devido à aquisição do aparelho de monitorização de nervo facial, que vai nos ajudar na realização de cirurgias de ouvido em pacientes com problemas crônicos, como a mastoidectomia, que agora poderá ser realizada aqui no HU”.

O uso do AMI também reduz o risco de paralisia facial e outras sequelas, favorecendo a retomada de cirurgias essenciais e impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes, além de reforçar o HUCF como referência em cirurgias seguras e de alta complexidade.

Para se ter uma ideia da importância do equipamento para o HUCF, profissionais que atuam na unidade relatam que a falta do AMI havia paralisado cirurgias de mastoide — procedimento que remove o tecido infectado do osso mastoide, localizado atrás da orelha — devido ao alto risco envolvido, o que gerou uma extensa fila de pacientes aguardando pelo procedimento.

Os residentes de Otorrinolaringologia do HUCF celebraram a conquista:

A residente Débora Guimarães destacou: “O aparelho de monitorização facial veio para agregar muito à qualidade da nossa residência e do serviço de Otorrino prestado pelo Hospital Universitário. A partir de agora, conseguimos oferecer segurança e qualidade no tratamento cirúrgico de pacientes que sofrem há anos, muitas vezes há décadas, com doenças crônicas no ouvido e que até então não tinham um serviço de referência do SUS para realizar essa cirurgia”.

Já Jefferson Oliveira ressaltou: “O aparelho de monitorização intraoperatória é um marco para o Hospital Universitário, para toda a comunidade acadêmica, para o ensino e para a assistência. Ele permitirá formar profissionais mais qualificados para o mercado de trabalho, com mais segurança e efetividade em cirurgias minuciosas. É um evento inédito pelo SUS no Norte de Minas. Poucos serviços de residência têm esse aparelho, e agora teremos um crescimento maior na residência de Otorrinolaringologia, realizando cirurgias mais complexas, como mastoidectomia, parotidectomia e tireoidectomia”.

Por sua vez, Laisson Ronnan reforçou: “Esse é um aparelho fundamental, importantíssimo para a realização das cirurgias de mastoide no hospital e para a residência. É um marco histórico, porque os residentes daqui, futuros otorrinos, sairão aptos a realizar mastoidectomias. No Brasil, a maioria das residências não oferece essa oportunidade. Aqui no hospital, teremos esse aparelho e a orientação de um excelente preceptor, o doutor Leandro Gusmão, que está sempre disponível para realizar as cirurgias e nos auxiliar”.

A chegada do Aparelho de Monitorização Intraoperatória (AMI) ao HUCF representa um avanço significativo para a saúde pública no Norte de Minas, consolidando o hospital como uma referência regional em procedimentos de alta complexidade. Além de oferecer maior segurança cirúrgica, o equipamento permitirá a retomada de cirurgias antes inviabilizadas, qualificando ainda mais a formação dos residentes e melhorando a assistência prestada à população. Essa conquista reafirma o compromisso do HUCF com a inovação e a excelência no cuidado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

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