Com a leitura óptica em contato com a pele, os dados são disponibilizados de forma digital, imediatamente, sem precisar de exames de sangue (Fotos: Divulgação)

O Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Unimontes, passa a contar com um método mais moderno e preciso na identificação e controle da icterícia em recém-nascidos, conhecida popularmente como “amarelão” – por causa do tom que a pele tem quando identificada. A unidade investiu recursos da ordem de R$ 80 mil para adquirir dois bilirrubinômetros, nome do aparelho cuja função é medir a bilirrubina – a substância responsável pela coloração.

O aparelho garante a medição ótica de forma digital, com contato que o profissional faz diretamente com a pele da criança. Desta maneira, o tratamento é acelerado substancialmente, já que os dados são disponibilizados imediatamente e sem dores. Até então, seria necessário utilizar o método considerado invasivo: coleta de sangue, além da espera pelo resultado da amostra, o que aumentava o tempo de tomada de decisão para o tratamento adequado.

Desta forma, o investimento permite à equipe da Pediatria do HUCF otimizar este tipo de assistência aos pequenos pacientes. “Com a aquisição desses dois novos aparelhos, conseguiremos a indicação rápida e precisa da fototerapia, que é o tratamento necessário para a icterícia neonatal”, explica a médica Isabela Angeli de Freitas Soares, da equipe de pediatras do Hospital Universitário.

Por sua vez, o médico e diretor assistencial do HUCF, José Alfreu Soares Júnior, destaca a aquisição como investimento em humanização da assistência, além da própria eficiência e do imediatismo que os testes com os novos aparelhos oferecem. “Isto reduzirá a necessidade da criança ser exposta às coletas de sangue dolorosas e, para o médico, oferecem a possibilidade de fazer várias medições caso sejam necessárias, reduzindo o tempo para decisões”.

A aquisição do bilirrubinômetro é fruto de um projeto idealizado pelo pediatra neonatologista Maurício Marcelo Costa.

O QUE É

A bilirrubina é uma substância amarelada encontrada na bílis, que permanece no plasma sanguíneo até ser eliminada pela urina. Quanto mais amarelo fica o tom da urina, mais bilirrubina a criança está eliminando. O excesso de bilirrubina (hiperbilirrubinemia) pode indicar problemas no fígado, baço, nos rins ou na vesícula biliar.

O método mais comum para determinar a hiperbilirrubinemia em crianças continua sendo a coleta de sangue, que traz risco de infecção associada à técnica utilizada e até mesmo à lesão da pele neonatal.

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