Na última sexta-feira (5/05), em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, oficialmente, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) relativa à COVID-19. A declaração foi emitida pelo Comitê de Emergência da OMS e anunciada por Tedros Adhanom Ghebreyesus, biólogo etíope e diretor-geral da entidade.

A médica infectologista do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Montes Claros (HU-Unimontes), Izabela Bretas Santos, falou sobre a declaração da (OMS): “Foram 03 anos exaustivos, que provocaram inúmeras mudanças na vida das pessoas. Por mérito a muito trabalho da ciência e dos profissionais de saúde, obtivemos alguns avanços na condução da doença e, sobretudo, uma exitosa campanha global de vacinas, o que nos permite, hoje, com o anúncio da OMS, vislumbrar um novo tempo”, destacou.

Izabela Bretas Santos, médica infectologista do Hospital da Unimontes.
Foto: Izabela Bretas Santos

Durante o período crítico de transmissão da doença, o mundo se viu em estado de alerta vermelho, com números altíssimos de casos e óbitos diários. Em Montes Claros, isso não foi diferente, ocorrendo o registro de cerca de 59.000 casos, a cidade de 410.000 habitantes atingiu 146 pessoas contaminadas com o vírus a cada grupo de 1.000.

COVID-19 no Hospital Universitário

O Hospital Universitário (HU – Unimontes) foi uma das instituições de saúde que mais receberam casos de contaminados com o vírus SARS-CoV2, devido ao fato de ser um centro de referência em saúde pública e 100% ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo reconhecimento que a instituição tem por parte da população.

O HU também foi um dos hospitais nortemineiros que mais receberam pacientes diagnosticados com COVID.

Equipe do HU – Unimontes em atendimento a paciente internado por COVID-19 (2021)
Foto: Jane Tolentino

Em 2020, foram atendidos 1.383 pacientes; em 2021, 918; em 2022, 215; e em 2023, até 09/05, 04; totalizando 2.520 pacientes atendidos durante todo o período. O hospital também criou condições para viabilizar espaço exclusivo para os leitos COVID, adquiriu equipamentos para assistência ventilatória (usados para melhorar a respiração dos pacientes) e não permitiu que equipamentos de proteção individual (EPI) se esgotassem, possibilitando, até mesmo, a entrega aos pacientes e acompanhantes.

Equipe de enfermagem para atendimento aos leitos COVID-19 (2021)
Foto: Jane Tolentino

O Hospital da Unimontes também foi cuidadoso no trato para com os profissionais da linha de frente à doença, não sofrendo nenhuma baixa em seu efetivo por contaminação.

A Dra. Izabela Bretas Santos explica que a atuação do Hospital da Unimontes foi excelsa e eficaz, uma vez que, durante todo o período, “o HU Unimontes se manteve firme no seu propósito e missão como uma instituição pública, não se arrefecendo, em nenhum momento, do seu dever para com a população nortemineira”. A médica ainda destaca que a atuação de todos os servidores do hospital foi “brava e fundamental” para o enfrentamento da pandemia.

Ainda não é o fim

A Organização Mundial da Saúde explica que, apesar do fim da emergência global relacionada à COVID-19, não significa que estamos livres da doença. Para Tedros Adhanom, esse resultado apenas coloca a COVID-19 no hall das outras doenças infecciosas, sendo ainda necessário o manejo por parte dos Estados Nacionais e das autoridades competentes.

“O mais importante, nesse momento, é compreender que a COVID não acabou. Ela apenas deixa de ser uma preocupação de emergência global e passa a ser considerada uma doença infecciosa de menor intensidade. Ganhamos muito com a vacinação e as campanhas precisam ser reforçadas. Ainda tem muita gente que não se vacinou e essa conscientização para vaciná-las é imprescindível”, reforça a médica do Hospital da Unimontes.

O Ministério da Saúde do Brasil reforça as campanhas de vacinação em todo o país e, tanto o Campus Sede da Unimontes, quanto o Hospital Universitário, farão campanhas de vacinação da dose bivalente entre os dias 08 e 22/05.

Vacinação da dose bivalente da vacina contra COVID-19, no Pronto Atendimento da Unimontes
Foto: ASCOM – Unimontes

“Completar o esquema vacinal faz parte do protocolo da OMS contra a covid e esta é uma tarefa necessária para todos nós. Não podemos nos furtar da responsabilidade de nos vacinarmos. Os vírus passam por mutações constantes e somente a vacina interrompe esse ciclo, pois reduz a contaminação e impede a evolução para quadros mais graves”, completou a infectologista.

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