Atenta às demandas dos 11 campi e dos núcleos avançados, a Universidade Estadual de Montes Claros terá, a partir deste semestre, um grupo de trabalho para diagnosticar e acompanhar as ações efetivas à qualidade do ensino superior e à situação estrutural dessas unidades. Outro ponto observado está na taxa de evasão acadêmica de alguns cursos fora do campus-sede, assim como a baixa concorrência em alguns deles. 

O pró-reitor de Ensino, professor João Felício Rodrigues Neto, adiantou que o grupo de trabalho terá como foco a análise dos cursos de bacharelados e licenciaturas, como também a abertura para cursos de tecnólogos, o que ocorreria, por meio de parcerias com os municípios e com incentivos do Governo Estadual. 

Neste primeiro momento, foram apresentadas demandas dos municípios de Bocaiuva, Pirapora e Pompéu, que anteciparam suas situações estruturais em reunião realizada ao final de fevereiro. O próximo encontro está agendado para o dia 23/3, com a apresentação do primeiro esboço do plano de trabalho.

Para a Reitoria, os esforços para a criação do grupo de trabalho aliam-se aos cursos na área de tecnologia já oferecidos pela instituição, que se apresentam como alternativa para viabilizar graduações fora do campus-sede de acordo com a demanda regional. 

“Estamos atentos ao que o mercado educacional está nos informando. Nossa gestão superior tem atenção especial em relação à qualidade do ensino superior da nossa Universidade em todas as unidades”, acrescentou o pró-reitor. 

PERMANENTES 

Os encontros sobre os temas, que serão permanentes, vão reunir representantes da Reitoria, Pró-Reitoria de Ensino, Centro de Ensino Profissional e Tecnólogo (CEPT), coordenadores de campi e os diretores dos Centros de Ensino, além de chefes de departamentos. 

Como foi pontuado, a Coordenação do Ensino Profissional e Tecnológico promoverá pesquisas e levantamentos para oferecer cursos conforme a demanda. É o caso de cursos que já são oferecidos em Montes Claros e Paracatu nas áreas de Agronegócio e Gestão Pública (presenciais). Atualmente, cada curso oferece 35 vagas/turno, divididos por semestres letivos, e duração média de dois anos, conforme explica a coordenadora Úrsula Adelaide de Lélis, da Pró-reitoria de Ensino. 

NOVOS CURSOS 

Ela destaca que há estudos bem adiantados para a implantação de novos cursos dessa modalidade em Bocaiuva e Pirapora (presenciais). “Estes cursos tecnólogos atendem não só a expansão da Universidade como demonstram uma tendência para a formação de profissionais da área específica. Além disso, temos o apelo industrial nessas duas regiões”, pondera. 

O oferecimento de cursos a distância e de curta duração mostram-se bem além de uma tendência: são eficazes para a Unimontes. Prova real disso é que instituição concorre em um dos editais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para abertura de novos cursos. Quando aprovados, a previsão é para que sejam oferecidos já em 2016. Os cursos em questão são: “Tecnologia em Análise em Desenvolvimento de Sistemas”, “Tecnologia em Sistemas para Internet”, “Tecnologia em Gestão Ambiental” e “Tecnologia em Gestão de Saúde Pública” – escolhidos em razão do edital da Capes.

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