Em 2018, o Grupo Folclórico Banzé, de Montes Claros, completa 50 anos de existência. A comemoração será marcada por uma série de eventos, incluindo um grande show e lançamentos de documentário e de um livro sobre a história do grupo. As atividades vão envolver também a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
A participação da Unimontes nas comemorações do cinquentenário da companhia de danças folclóricas foi discutida em reunião realizada nessa quarta-feira (24/1), entre o presidente do Grupo Folclórico Banzé, Gustavo Colares, e a pró-reitora de Extensão, professora Jussara Maria de Carvalho Guimarães. Contou também com a presença do coordenador de Extensão Cultural, professor Igor Coimbra Rocha.
“A Unimontes faz parte da história do Grupo Banzé, que esteve vinculado à Universidade. Na comemoração dos 50 anos do Banzé, vamos unir as forças das instituições de nossa cultura para resgatar a história desse grupo. A participação da Unimontes nesse processo é fundamental”, afirmou Gustavo Colares, assinalando que as festividades vão acontecer durante um ano – maio de 2018 a maio de 2019.
Ele lembrou que o Grupo Folclórico Banzé surgiu em 1968, dentro do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, criado pela professora Maria José Colares Moreira (Zezé Colares), com o objetivo de estimular seus alunos a conhecerem mais sobre o folclore e a história da música. O grupo – que, inicialmente, chamava-se “Bandinha da Zezé” – tornou-se um grande divulgador das tradições e da cultura brasileira, participando e recebendo premiações em festivais internacionais de folclore.Por meio de convênio, o Banzé também passou a ser vinculado à Unimontes. Por um período, o seu acervo foi guardado no prédio do Museu do Folclore (atual Centro de Pesquisa e Documentação Regional), na Rua ngelo de Quadros, no Bairro São José.
Durante a reunião, realizada no prédio da Reitoria, Gustavo Colares, que é neto de Zezé Colares, ressaltou que o Grupo Banzé está inserido diretamente na cultura e na história de Montes Claros nos últimos 50 anos, contribuindo para a divulgação do nome da cidade no Brasil e no exterior. Ele destacou que o grupo tem um rico e diversificado repertório de danças e músicas folclóricas, que resultam de pesquisas e refletem a riqueza das tradições do Norte de Minas e de outras regiões brasileiras. Lembrou, ainda, que ex-integrantes do Banzé ganharam destaque na carreira musical. Citou como exemplos, os músicos Tino Gomes, Yuri Popoff e Marcelo Godoy.
PROJETO EDUCATIVO
O presidente do Grupo Banzé disse que, ao completar 50 anos, além de resgatar a história, a companhia de danças folclóricas pretende reforçar as ações educacionais voltadas para a divulgação da cultura e das manifestações folclóricas junto ao público infanto-juvenil. Uma das estratégias é fazer essa divulgação por meio de histórias em quadrinhos, tendo como personagens figuras do folclore como os catopês das centenárias Festas de Agosto de Montes Claros – que constituem uma das mais importantes fontes de inspiração do repertório musical e das danças do grupo.
Outra meta é a realização de apresentações e oficinas destinadas a crianças e adolescentes, com o objetivo de promover a difusão cultural. Uma proposta em discussão é que, por intermédio dos seus projetos de extensão, a Unimontes poderá contribuir nessa ação, envolvendo os professores e acadêmicos dos seus diversos cursos.
FESTIVAL INTERNACIONAL – Durante o encontro na Reitoria, foi anunciada por Gustavo Colares a realização da 11ª edição do Festival Internacional de Folclore de Minas Gerais como parte integrante das comemorações dos 50 anos do Grupo Banzé. O evento deverá acontecer em maio de 2019, no encerramento da programação comemorativa do cinqüentenário. Além do apoio da Unimontes, os organizadores estão em busca de outros parceiros, a fim de viabilizar o Festival por meio da Lei Federal (Rouanet) e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Na oportunidade, a pró-reitora Jussara Guimarães enfatizou que a Unimontes é compromissada com a preservação, a promoção e o incentivo à cultura regional e às manifestações populares. Desta forma, a Universidade está aberta a participar e contribuir efetivamente com as comemorações dos 50 anos do Grupo Banzé.
Ficou acertada a realização de uma nova reunião com o reitor João dos Reis Canela, com a participação de representantes de outros setores da gestão superior e de departamentos da Universidade, a fim de oficializar a parceria e definir os detalhes das atividades comemorativas do cinqüentenário do Grupo Banzé. O encontro deverá acontecer na segunda quinzena de fevereiro.