Será inaugurado nesta quinta-feira (20/12), às 10 horas, em Salinas (Norte de Minas), o Museu da Cachaça, construído pelo Governo de Minas e pela Prefeitura do município. Inicialmente, o local será administrado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), por intermédio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas(Fadenor), envolvendo também a Pró-Reitoria de Extensão.
“A universidade participa do projeto, atendendo a uma convocação do governador Antonio Anastasia e da secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras. A nossa instituição se sente valorizada em atender a esse chamamento, pela importância da criação do Museu da Cachaça e por conta da sua interface com o Governo do Estado e com a comunidade de Salinas”, afirma o reitor da Unimontes, professor João dos Reis Canela. Dentre as ações relacionadas à Unimontes estão o gerenciamento, organização da documentação histórica e a formação de um grupo de trabalho para a administração da unidade em Salinas.
O museu foi instalado em um terreno de 13.120 m², sendo 2.200 m² de área construída. Foram criados ambientes com base em dois conceitos. O primeiro é o socioeconômico, no qual a cachaça artesanal está retratada em aspectos de produção, circulação e consumo, gerando uma visão antropológica do produto. O segundo é sociocultural, que mostra o significado da bebida como fruto do imaginário coletivo, unindo grupos sociais por meio de seu uso.
Entre suas propostas de atuação estão a difusão do conhecimento sobre a produção da cachaça como bem patrimonial da comunidade local e do Estado, assim como a promoção e a preservação de todo o patrimônio da cadeia produtiva desse artigo genuinamente brasileiro.
Além disso, serão promovidas ações educativas para o público escolar e a comunidade em geral sobre o consumo responsável da bebida, os processos de produção e de circulação. Também o setor turístico será valorizado ao atrair público variado para a cidade: empresarial, pedagógico, cultural, local, regional, nacional e internacional.
POTENCIAL
A secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, destaca que o potencial de Minas Gerais para produzir cachaça já é fato conhecido no País e no mundo. Historicamente, a cachaça é produto símbolo do Brasil e carrega em si histórias, folclores e cultura. “O Norte de Minas é uma das regiões que melhor representa a riqueza e a diversidade cultural do Estado, com a produção de manifestações artístico-culturais únicas, que servem inclusive como referência cultural da região, como o artesanato, a música, as artes visuais e a gastronomia”, aponta a secretária.
Nesse sentido, assinala Eliane, “o Museu da Cachaça terá o importante papel de atuar como polo cultural convergente do Norte do Estado, promovendo ações de preservação, valorização e democratização de acesso ao patrimônio cultural da região e servindo como ponto de encontro e de disseminação da produção cultural local. Ele terá, ainda, o importante papel de referência da rica gastronomia do Norte de Minas, com ênfase na cachaça”.
O museu também poderá ser usado para rodadas de negócios, festivais, exposições e ações formativas com as escolas e com as comunidades. O espaço tem 2.200 m² de área construída, 1.250 m² de área expositiva, 2.500 m² de espaço de convivência e 950 m² de espaços administrativos. A proposta museológica está distribuída entre as nove salas – Hall de Entrada, Sala dos Canaviais, Sala das Garrafas, Sala do Engenho, Sala do Moinho, Sala do Aroma, Sala Multiuso, Sala de Terra Batida, Sala de Depoimentos.
A arquiteta Jô Vasconcellos é a responsável pelo projeto do Museu da Cachaça, teve ajuda de museógrafos para pensar o espaço, elaborado com base nas características do acervo do museu e da cidade de Salinas. (com informações também da Agência Minas).