“Este momento constata o papel fundamental que o PIBID representa na transformação das licenciaturas da Unimontes, assim como da própria comunidade”, afirmou a vice-reitora da Universidade Estadual de Montes Claros, Maria Ivete Soares de Almeida, durante a abertura do 1º Fórum Regional do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), nesta sexta-feira (14/06).
A solenidade, realizada no auditório do prédio 6 (campus-sede), contou com a participação de 300 pessoas entre dirigentes, professores e bolsistas da Unimontes, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), parceiras na promoção do evento. O Grupo Saruê, Companhia de Dança da Unimontes, fez a apresentação das danças “Coco” (Alagoas) e “Carimbó” (Pará) na abertura dos trabalhos.
“Com o engajamento de coordenadores, professores e alunos, o conhecimento técnico aplicado aos cursos de Licenciatura foi reestruturado, aliado a uma política de melhoria da formação de professores no próprio cotidiano das escolas de atenção básica”, acrescentou a vice-reitora Maria Ivete de Almeida.
Números do PIBID/Unimontes
De acordo com a professora Silvana Diamantino França, coordenadora institucional do PIBID, o programa foi implantado na Unimontes há quatro anos, em parceria com a Diretoria de Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Em sua primeira edição (2009), teve 196 bolsistas. Atualmente, o programa conta com 975 bolsistas – acréscimo de quase 400% de benefícios nesse período.
Até o ano passado, foram desenvolvidos 47 subprojetos temáticos em 16 licenciaturas: Artes (Visuais, Música e Teatro), Ciências Biológicas, Ciências da Religião, Filosofia, Física, Educação Física, Geografia, História, Letras (Espanhol, Inglês e Português), Matemática, Pedagogia e Química.
O diferencial está justamente na atuação dos acadêmicos/bolsistas diretamente nas escolas públicas da educação básica – futuro mercado de trabalho para os acadêmicos. No ano passado, 57 educandários da área de abrangência da Unimontes foram beneficiados.
Pontual
“Vejo o PIBID como extremamente pontual porque permite ao universitário compartilhar o conhecimento adquirido na graduação e, ao mesmo tempo, o insere a realidade de sua futura profissão”, analisa o professor Saulo Jackson de Brito, um dos participantes do Fórum. Ele é responsável pela disciplina de História da Escola Estadual Sagrada Família, na periferia de São Francisco, no Norte de Minas.Na escola, 16 acadêmicos do curso de História do campus local da Unimontes o auxiliam na execução do subprojeto do PIBID sobre a Cultura Afro-Brasileira para estudantes do ensino fundamental entre 12 e 14 anos. “Estamos ainda nos primeiros passos, mas já detectamos mudanças com o benefício do programa. Cerca de 90% desses alunos são afrodescendentes, justamente a temática de nosso subprojeto”, completa Saulo Jackson.
O professor Leandro Abi-Ackel Ramos compartilha no Fórum suas experiências com o PIBID na Escola Estadual Zina Souto, em Januária. Ele é supervisor de seis acadêmicos no subprojeto de Matemática do IFNMG daquele município e destaca como principal avanço o aspecto lúdico que a disciplina ganhou a partir do programa. “Posso afirmar que os alunos apresentam, hoje, maior poder de concentração. Além disso, os índices de evasão e de reprovação foram reduzidos”, analisa.
Durante a programação do Fórum, também acompanharam os trabalhos os coordenadores institucionais do PIBID Cristiane França (Universidade do Estado de Minas Gerais/UEMG); Flávio César Freitas Vieira (UFVJM), Ricardo Magalhães Dias Cardozo (IFNMG Salinas) e Iza Manuella Aires Cotrim (Instituto Federal do Norte de Minas/IFNMG – Januária), o professor Wagner Ahmad Auarek, representante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além das professoras Ramone Maria Silva Reis Oliveira, pró-reitora de Ensino do IFNMG (campus Montes Claros), professor João Felício Rodrigues Neto, pró-reitor de Ensino da Unimontes, professora Francely Aparecida dos Santos, pró-reitora adjunta de ensino, e o professor Antonio Wagner Veloso Rocha, diretor do Centro de Ciências Humanas da Unimontes.Os trabalhos prosseguiram à tarde com mesas redondas e reuniões dos grupos de trabalho por áreas temáticas.