Professores do curso de Artes Visuais, vinculado ao Departamento de Artes da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e professoras de Arte da Educação Básica, que atuam em escolas públicas estaduais, no âmbito da Secretaria de Estado de Educação (SEE) de Minas, estiveram na cidade de São Paulo (SP) entre os dias 12 e 14 de setembro. O objetivo foi conhecer espaços, exposições e mostras de Artes Visuais que contribuem para a formação continuada em Arte/Educação.
Processo formativo
A iniciativa faz parte do processo formativo do projeto de pesquisa/ação intitulado “Arte/Educação decolonial: enfrentamento e superação das desigualdades étnico-raciais e de gênero em escolas de Educação Básica”. A proposta foi aprovada pela Chamada 14/2023 para Pesquisas de Inovação na Educação Básica e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Durante a capacitação docente, houve visita ao Museu Afro-Brasil Emanoel Araújo, à Ocupação Ailton Krenak no Itaú Cultural, à mostra Histórias das Ecologias e ao acervo permanente do Museu de Arte de São Paulo (MASP), além da 36ª Bienal de Arte de São Paulo, maior mostra de Artes Visuais da América Latina, que, neste ano, traz o tema “Nem todo viandante anda estradas – Da Humanidade como prática”, inspirado em poema da escritora mineira Conceição Evaristo.
Eduardo Moura
As ações culturais foram acompanhadas pelo professor Eduardo Moura, líder do “Desencobrimentos” – Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte/Educação e pensamento decolonial, cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e coordenador de pesquisa que desenvolve Arte/Educação das relações étnico-raciais, em parceria com cinco escolas da rede pública estadual de Montes Claros (MG): Escola Estadual Elói Pereira, Escola Estadual Professora Cristina Guimarães, Escola Estadual João de Freitas Neto, Escola Estadual João Álvaro Maia e Escola Estadual Simeão Ribeiro dos Santos.
850 alunos
O projeto de pesquisa, iniciado em maio de 2024, já atendeu cerca de 850 alunos do Ensino Médio nas escolas parceiras, via ações educacionais que promovam enfrentamento e superação das desigualdades étnico-raciais e de gênero por meio de uma Arte/educação crítica, criativa e sensível.
As visitas realizadas pelo grupo têm caráter formativo e encerram a primeira etapa da pesquisa que abordou a Arte Africana e Afro-brasileira nas aulas de Arte no Ensino Médio, a partir do projeto de ação pedagógica intitulado “Cores pela Igualdade”. Abre também a nova etapa formativa e de planejamentos que abordará a “Arte dos Povos Indígenas e as questões ambientais no ano de 2026”.
