– Ao final do ano, proposta integrará Feira de Investimento da multinacional TIM –
O acadêmico Roger Mathews Arruda Santos, do 8º período do curso de Sistemas de Informação, da Universidade Estadual de Montes Claros, está entre os finalistas de um dos principais programas brasileiros de incentivo ao desenvolvimento de produtos e negócios inovadores. Com a criação do “Hexenergy”, um protótipo de sistema para gerenciamento e compartilhamento de créditos de energia, ele foi selecionado para o “Academic Working Capital” (AWC), do instituto vinculado à Telefônica Multinacional TIM que acompanha os processos de orientação e apoio para a consolidação do produto e, como conseqüência, a constituição de empresas inovadoras.
Conforme a agenda do programa AWC, são 32 propostas finalistas, com a participação de 86 estudantes de universidades e centros universitários de 16 cidades brasileiras. Entre maio e dezembro, todos serão orientadas em eventos on-line e presenciais como Workshops e sessões de acompanhamento e de interação, culminando com a realização de uma feira de investimentos, em 14/12, para a apresentação final dos projetos a potenciais financiadores.
Segundo Roger Mathews, a ideia para o sistema “Hexenergy” surgiu a partir da elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob orientação da professora Christine Martins de Matos. A inscrição no programa AWC Instituto TIM tem como co-autor o acadêmico Gustavo Soares Eleutério, do curso de Engenharia Elétrica das Faculdades Santo Agostinho, de Montes Claros.
COMO É
O “Hexenergy”, descreve o acadêmico da Unimontes, associa automação, energia, sustentabilidade e métodos de produção. Em resumo, trata-se de um sistema que funciona por meio de cooperativa ou consórcio para o compartilhamento de energia produzida a partir de painéis fotovoltaicos.
“Você gera a energia para consumo integrado e, o que for além do necessário, volta para a rede da empresa de concessão. Ao mesmo tempo, isso se torna crédito. Mais adiante, esses créditos, por sua vez, podem ser distribuídos aos outros consumidores que fazem parte do consórcio ou cooperativa. Você vende ou compra o crédito de energia de outra pessoa que seja cooperada ou consorciada”, explica Roger Mathews, que é natural de Montes Claros e tem 24 anos.
Os créditos podem ser remetidos a qualquer pessoa, desde que seja da mesma área de concessão – residencial ou comercial.
Em resumo, adianta o autor, o sistema é um agente intermediário, como uma espécie de banco de crédito: “por exemplo, um consórcio produz 100 KW a partir de uma miniusina fotovoltaica e consome 60; os quarenta quilowatts restantes vão para a rede de distribuição da concessionária de energia e, para as despesas mais adiante você passa a ter 40 KW de crédito, que podem ser comprados ou vendidos entre os consorciados”.
Além da questão do consumo, o gerenciamento que o sistema oferece controla também a questão do pagamento.
“O desenvolvimento deste trabalho específico traz vários desafios vários para o acadêmico Roger Mathews, a começar pela aplicação de tecnologias e de ferramentas computacionais, além do próprio conhecimento acerca de sistemas de energia fotovoltaica, a questão de tributação e de créditos de energia, que demandou estudos de legislação pertinente”, analisa a professora e orientadora Christine Matos.
Para a orientadora, que é mestre em Administração e especialista em Tecnologias da Computação e Engenharia de Software, “o resultado neste programa específico da TIM só ressalta a iniciativa, criatividade e inovação no uso de soluções tecnológicas para problemas cotidianos, com comprometimento com as questões ambientais, o que deveria ser o compromisso de todos”.