A Universidade Estadual de Montes Claros é uma das instituições contempladas pelo Edital/07-2013– “Apoio a projetos de Extensão em interface com a Pesquisa” da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Foi aprovada a proposta “Trajetórias de adolescentes no Quilombo da Lapinha”, do departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva.
Ao todo, 56 projetos foram aprovados, o que representa um investimento de R$ 2 milhões. O projeto da Unimontes foi beneficiado com recursos da ordem de R$ 34.545,63.
A professora Cristina Sampaio, coordenadora do Departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva salientou que o projeto “Trajetórias de adolescentes no quilombo da Lapinha” será desenvolvido ao longo de 18 meses e tem como objetivo principal realizar atividades de extensão e pesquisa junto à população tradicional do Quilombo da Lapinha, no município de Matias Cardoso, no Norte de Minas Gerais.

Professora Cristina Sampaio (Foto: Arquivo pessoal)
Além da professora Cristina Sampaio estão envolvidos na pesquisa os professores Maísa Tavares de Souza, do departamento de Enfermagem, Igor Caldeira Soares, do departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva e três acadêmicos do curso de Medicina da Unimontes.
De acordo com a proposta aprovada, serão levantadas as especificidades culturais dos quilombolas no que se refere ao conjunto de crenças sobre as práticas e cuidados relacionados à gravidez na adolescência e no parto. “Serão ministradas capacitações e oficinas envolvendo adolescentes quilombolas, acerca de gravidez, parto e sexualidade. Ações que resultarão na produção de materiais informativos e cartilhas de educação em saúde, qualificando os participantes a atuarem como agentes multiplicadores na discussão da saúde da adolescente” observou a coordenadora.
A pesquisa irá propor novos desafios para o Quilombo, ao mesmo tempo em que estará registrando as representações das adolescentes quilombolas sobre a gravidez e o parto, mediante as narrativas sobre histórias relacionadas às práticas e cuidados familiares de suas mães e avós. “Com esse registro, estaremos conhecendo a realidade social e ambiental do cotidiano da população local”, concluiu Cristina Sampaio.
O projeto está no grupo de pesquisa do CNPq “Saúde Coletiva e Atenção Primária à Saúde”.