A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) acaba de conquistar um investimento de R$ 20 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para a criação do Centro de Excelência do Semiárido (SERTÃO), um projeto inovador voltado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para a região semiárida. A aprovação do projeto foi anunciada nesta terça-feira (12/11).
O Centro de Excelência do Semiárido será focado em pesquisas que busquem mitigar os impactos das mudanças climáticas, combater a desertificação e promover o desenvolvimento sustentável da região. A proposta do centro foi formalizada em março de 2024, durante uma visita do presidente da Fapemig, professor Carlos Alberto Arruda de Oliveira, à Unimontes. O SERTÃO atuará nas áreas de Agroeconomia, Bioeconomia, Biotecnologia, Biodiversidade, e também em tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), aplicando esses conhecimentos às peculiaridades do semiárido brasileiro.
Um marco para a pesquisa e inovação no semiárido
Para a pró-reitora de Pesquisa da Unimontes, professora Maria das Dores Magalhães Veloso, a criação do SERTÃO representa uma grande oportunidade para a universidade, especialmente para os pesquisadores da região. “Este é um marco para o Norte de Minas e para toda a comunidade acadêmica. O SERTÃO vai reunir diversos campos do conhecimento e promover uma verdadeira sinergia entre a ciência, a inovação e as necessidades do semiárido”, destacou Veloso.
Potencial transformador
O coordenador do Centro de Excelência do Semiárido, Allysson Steve Mota Lacerda, ressaltou que o SERTÃO tem como objetivo se tornar a principal referência em pesquisas sobre o semiárido até 2030, com foco no desenvolvimento de soluções tecnológicas que envolvam a utilização sustentável dos recursos naturais e a recuperação de áreas degradadas. “A combinação de tecnologias como IA e IoT com áreas como agroeconomia e biodiversidade permitirá o desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras para os desafios da região”, destacou Lacerda.
Parcerias e impacto regional
O Reitor da Unimontes, professor Wagner de Paulo Santiago, comemorou a aprovação do projeto e agradeceu à Fapemig pelo apoio contínuo à universidade. “Esta é uma grande oportunidade para os nossos pesquisadores e pesquisadoras mostrarem a excelência que temos na Unimontes. E são muitas as áreas nas quais nos destacamos. Parabéns a todos pela conquista! Em especial, queremos agradecer à Fapemig, que tem nos apoiado de forma constante e sem hesitação. Temos certeza de que, com essa parceria, teremos muito a oferecer à toda a comunidade”, afirmou o Reitor.
O Centro também será responsável por promover a integração entre diferentes atores sociais e econômicos, incluindo prefeituras, empresas e organizações não governamentais. Essa articulação será essencial para garantir que as soluções criadas pelo SERTÃO atendam às reais necessidades da população local e possam ser aplicadas em larga escala, impactando positivamente a vida das pessoas e o meio ambiente.
Expectativas para o futuro
Com as atividades previstas para começar ainda neste ano, o Centro de Excelência do Semiárido terá como primeiros passos a seleção de bolsistas e a organização de programas de pré-aceleração de projetos, capacitações e eventos para a comunidade acadêmica. Para 2025, já estão planejados programas que envolverão a formação de novas soluções tecnológicas, visitas técnicas e o desenvolvimento de novos negócios inovadores.