A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) sedia o VII Colóquio Internacional Povos e Comunidades Tradicionais, que começou nesta segunda-feira (9/09) e prossegue até sexta-feira (13/09), com atividades também no Quilombo de Lapinha, no municípiode Matias Cardoso, no Norte de Minas. Os direitos e saberes dos povos tradicionais e a busca da sustentabilidade, dentro das metas da Conferência sobre as Mudanças do Clima – COP-30 estão em debate no evento, que têm como tema central “Primavera dos povos, rumo à COP-30: Ancestralidade, justiça climática e Direitos Territoriais.”
O VII Colóquio Internacional Povos e Comunidades Tradicionais é uma promoção da Unimontes, por intermédio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Social (PPGDS), e o Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, juntamente com outros parceiros. Na programação constam debates, mesas redondas, apresentação de trabalhos científicos, exposições e oficinas, com participação de representantes de povos tradicionais e etnias de diferentes partes do Brasil e da Alemanha, Colômbia, Equador, Inglaterra, Moçambique, Peru e outras nações.
A solenidade oficial de abertura do VII Colóquio Internacional Povos e Comunidades Tradicionais, realizada na noite de segunda-feira, no Teatro da Unimontes, foi presidida pelo reitor, professor Wagner de Paulo Santiago, juntamente com secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Edel Nazaré Santiago de Moraes. A mesa de abertura contou ainda com a participação do presidente do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, Samuel Caetano; do vice-reitor, professor Dalton Caldeira Rocha; e da coordenadora geral do colóquio, professora Andréa Narciso, do PPGDS/Unimontes.
“A nossa gestão não mediu esforços para apoiar a realização deste evento, por acreditar que a agenda ambiental e a proteção dos povos e comunidades são de extrema importância não somente para a universidade, mas para toda a sociedade”, afirmou o reitor Wagner de Paulo Santiago ao dar as boas-vindas aos participantes do evento. “Em diálogo com pesquisadores e pesquisadoras desta universidade destacou o papel essencial que os povos e comunidades tradicionais desempenham na construção de um futuro mais justo e sustentável”, disse.
“A Unimontes se orgulha de ser palco deste evento. Reiteramos o nosso compromisso de apoiar iniciativas que promovam a equidade, o respeito aos direitos dos povos originários e a busca por um desenvolvimento sustentável verdadeiro”, concluiu.
A importância do Cerrado como floresta
Na manhã desta terça-feira (10/09), o VII Colóquio Internacional Povos e Comunidades Tradicionais teve continuidade com a mesa redonda sobre “A Importância do Cerrado como Floresta e da Visibilidade das Savanas no Cenário Internacional”, tendo como mediador o professor Alex Shankland, da Universidade de Sussex (Inglaterra).
Na programação também consta a mesa redonda “Carbono Zero, Mineração e Megaprojetos da Transição Energética: Efeitos sobre os Territórios Tradicionais “, com mediação do professor Klemens Laschefski, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Nesta quarta-feira (11/09), pela manhã, haverá as mesas redondas “Visibilidade dos Modos de Ser e Viver das Comunidades e Povos Tradicionais como Alternativa/Solução para a Questão Climática” e “Primavera dos Povos: rumo a COP-30: Articulação dos Povos”.
Na quinta-feira (12/09), a programação será desenvolvida na comunidade quilombola de Lapinha, no município de Matias Cardoso, onde, a partir das 14 horas, acontecerá a mesa redonda “Reconhecimento dos Direitos Territoriais de Povos e Comunidades Tradicionais: Ameaças, Violências e Resistências”.
Confira programação completo no link: https://www.even3.com.br/viicoloquiopcts/