“Bioética, informação em saúde e qualidade de vida: estudo piloto junto às pessoas convivendo com diabetes e hipertensão”, trabalho desenvolvido pelo acadêmico André Luiz Cândido Sarmento Drumond Nobre, do mestrado profissional em “Cuidado Primário em Saúde”, da Universidade Estadual de Montes Claros, obteve o primeiro lugar no X Congresso Brasileiro de Bioética e II Congresso Brasileiro de Bioética Clínica, realizados entre os dias 24 a 27 de setembro em Florianópolis (SC). 

O estudo premiado na categoria de “Bioética e Saúde Coletiva” foi orientado pela professora doutora Simone de Melo Costa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências da Saúde. A premiação foi entregue pelo presidente do evento, Bruno Schlemper Júnior, e pelo presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, professor Cláudio Fortes Garcia.

professora unimontes simone

Conclusão do projeto é que a informação à saúde não é acessível às pessoas com diabetes, diz coordenadora Simone de Melo

Com apresentação de aproximadamente 800 trabalhos, o congresso contou com a participação de mais de 1.100 profissionais. O estudo apresentado pela Unimontes contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)

Conforme a professora Simone de Melo, o trabalho premiado é um estudo piloto do projeto de pesquisa do mestrando André Luiz Cândido Sarmento que ainda se encontra em execução.

“O objetivo do estudo é identificar o conhecimento de usuários do Centro Hiperdia, de Brasília de Minas (integrante da rede de saúde pública e referência na área de diabetes e hipertensão arterial) acerca dessas doenças e avaliar a autopercepção da qualidade de vida desses pacientes”, ressaltou a professora. Estudo envolveu 30 usuários que foram acompanhados ao longo do mês de junho deste ano.

A conclusão do projeto piloto é de que a informação à saúde não é acessível às pessoas que convivem com diabetes e hipertensão. “Os resultados sugerem que indivíduos de baixa renda e com pouca informação ficam vulneráveis aos impactos negativos das doenças o que constitui ainda conflito bioético por limitar o conhecimento desse público e impedir sua tomada de decisão”, concluiu Simone de Melo. 

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