O estudo “Violência de Gênero e Saúde das Mulheres”, da Universidade Estadual de Montes Claros, está entre as propostas aprovadas para financiamento no âmbito do Programa Especial de Inclusão Social, Igualdade e Cidadania, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As ações serão desenvolvidas pelos grupos de pesquisa “Dona Tiburtina: Núcleo de Pesquisa em Gênero”, “Saúde e Sexualidade” (departamento de Enfermagem), e “Gênero e Violência” (departamento de História). Os recursos são da ordem de R$ 25.872 e os trabalhos serão realizados ao longo dos próximos dois anos, com entrevistas sobre a história e vida com as mulheres vítimas de violência.
A coordenadora do projeto, professora Lúcia Helena Rodrigues Costa, salientou que o projeto pretende construir “o perfil sociocultural, econômico e geográfico das vítimas da violência”, com ênfase para o processo de adoecimento das vítimas; as vulnerabilidades às quais estão expostas no exercício da sexualidade e, ainda, as representações que constroem sobre violência, saúde e doença.
PARCEIROS – Ainda conforme a coordenadora, o estudo será produzido em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), através da professora Vera Puga (mestrado em História). Também participa da pesquisa o professor Cristiano Manuel Lisboa, diretor do Observatório Nacional de Violência e Gênero. Pela Unimontes, integram o projeto os professores-pesquisadores Cláudia de Jesus Maia, Helen Ulhoa Pimentel e Rosana de Jesus dos Santos.
“A pesquisa Violência e Gênero e Saúde das Mulheres será desenvolvida em Montes Claros e Uberlândia, cidades apresentam características e problemas sociais semelhantes”, disse a professora Lúcia Helena Costa. Serão entrevistadas mulheres vítimas de violência de gênero que procuram assistência à saúde, razão porque os espaços institucionais foram delimitados aos hospitais universitários da Unimontes e da Universidade Federal de Uberlândia, além do Centro de Notificação de Aborto.
Ao final das ações, os coordenadores da pesquisa intencionam realizar um seminário com autoridades municipais, gestores, entidades públicas e não governamentais e pesquisadores, além da comunidade em geral, para apresentar os resultados. Na oportunidade, serão feitos debates sobre a violência contra as mulheres em cada uma das sedes.