and geneva;”>O frio produz uma série de mudanças na nossa rotina diária, no nosso comportamento e sobretudo na nossa saúde. Com o inverno fica mais fácil a transmissão de doenças. Com a poluição, ausência de chuvas e baixas temperaturas há uma grande concentração de poluentes que são inalados ao se respirar.

O resultado disso é uma menor eficiência do aparelho respiratório já que nessa época as defesas do organismo costumam cair. E para evitar maiores transtornos nesta estação, o Uninovidades entrevistou o pneumologista João Antônio Pimenta, médico e professor da Unimontes, que traz dicas de como enfrentar o inverno sem comprometer a saúde.

 


microfoneQuais são as doenças típicas do inverno?

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As doenças típicas do inverno são principalmente a gripe e o resfriado. A gripe acomete mais os adultos; é causada pelo vírus influenza e ocasiona dores no corpo, febre alta, desânimo, mal estar, dor de garganta, tosse, dor de cabeça e congestão nasal. O resfriado acomete mais crianças; é causada por rinovírus principalmente e é uma doença mais leve, causando coriza, espirros e febre baixa. Essas doenças são autolimitadas e seu tratamento é apenas paliativo com antitérmicos, descongestionantes e antitussígenos. Geralmente estas doenças predispõem a outras complicações como otite, sinusite, amigdalite, conjuntivite e pneumonia. Estes são processos mais graves e geralmente são tratados com antibióticos.

microfonePor que ficamos mais propensos a gripes e resfriados?

Todos nós estamos propensos a gripes e resfriados, especialmente os profissionais de saúde – que têm maior contato com doentes-, as pessoas alérgicas, portadoras de rinite ou bronquite. Mas ocorrem também em pessoas desnutridas, com alimentação deficiente, baixa imunidade, tensos e ansiosos e também naqueles com baixos hábitos de higiene e já com outras doenças – como diabetes, cardíacos, anêmicos, etc. Os extremos etários, idosos e crianças são mais susceptíveis a complicações.

microfoneA transmissão de doenças respiratórias aumenta e por quê?

No inverno a incidência dessas doenças aumenta muito, particularmente se ocorre uma baixa umidade do ar. Este aumento não se deve ao tempo frio como se pensa e sim ao fato de que nessa época as pessoas estão em ambientes fechados, pouco ventilados e em contato próximo uns com os outros, facilitando a maior transmissibilidade das viroses.

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microfone O que devemos fazer para evitar quadros críticos de doenças respiratórias e fortes resfriados?

 

Em primeiro lugar devemos evitar o contato com pessoas já sabidamente doentes e, se isso acontecer, lavarmos as mãos com freqüência. Ambientes com ar condicionado levam a baixa umidade do ar o que favorece o aparecimento dessas doenças.

 

 

microfoneFumantes têm mais facilidade de contágio?

Os fumantes são mais propensos, porque o uso crônico do cigarro prejudica a função dos cílios que temos em toda a mucosa respiratória e nasal; eles agem como verdadeiros “faxineiros”, eliminando todas as impurezas inaladas, especialmente os vírus e as bactérias.

microfone Até que ponto vale o famoso “chá” assim como as plantas medicinais no tratamento das gripes e resfriados?
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Do ponto de vista científico não há nenhum efeito comprovadamente benéfico; talvez promovam apenas uma leve hidratação e um alívio especialmente do desconforto da orofaringe. Da mesma forma o chá de limão, rico em vitamina C, não altera a evolução das gripes e resfriados. Não obstante, não fazem mal algum.

microfone A limpeza da casa e móveis deve ser intensificada?

Certamente estes cuidados com a higiene doméstica, evitando tapetes, cortinas, carpetes e bichos de pelúcia, dentre outros, têm importância maior em eliminar os ácaros que causam crises especialmente nos alérgicos.

 


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João Antônio Pimenta de Carvalho

•    Formado na Unimontes em 1983.
•    Especialidades: Pneumologia e Medicina do Trabalho.
•    Professor de Pneumologia da Unimontes desde 1987.
•    Professor de Pneumologia da Funorte desde 2008.

Ex-Diretor clínico do Hospital Universitário durante seis anos
Vice-Presidente da Cotec desde 2003.

Consultório médico – Rua Engenheiro João Antonio Pimenta, 60 – Centro
Telefone:(38)3222-2053

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