O ensino híbrido tornou-se uma realidade na educação básica e superior brasileira no pós-pandemia do Novo Coronavírus, inspirando novas estratégias de aprendizagem, com o emprego das tecnologias disponíveis. A afirmação foi feita pela presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), professora Maria Helena Guimarães de Castro, durante palestra “Universidade e a transformação pela inovação tecnológica: novas formas do saber pedagógico”, pelo sistema virtual, durante o 15º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão (Fepeg) da Unimontes, esta semana. A palestra foi mediada pela vice-reitora da Unimontes, professora Ilva Ruas de Abreu.

A apresentação da presidente do CNE foi feita pela Pró-Reitora de Ensino, professora Helena Amália Papa, com a participação do Pró-Reitor de Extensão, professor Paulo Eduardo Gomes de Barros, presidente do 15º Fepeg/Unimontes.

A professora Maria Helena Guimarães de Castro anunciou que o Conselho Nacional de Educação prepara um documento favorável à permanência do ensino híbrido na educação brasileira, que deverá ser publicado até janeiro. Nos próximos dias, o documento deverá ser liberado para consulta pública, adiantou.

A presidente do CNE salientou que o conceito de educação híbrida ou aprendizagem híbrida não é modalidade. “Na minha visão, aprendizagem híbrida não pode ser modalidade e não comporta nenhum tipo de regulação”, afirmou a educadora.

A professora Maria Helena Castro ressaltou que no pós-pandemia do Novo Coronavírus, o sistema híbrido tornou-se uma realidade na educação, com uma série de outras inovações. “Nós teremos que ser capazes, a partir de estratégias de atividades híbridas, de rever totalmente nossas propostas curriculares e as estratégias de aprendizagem que nós trabalhamos”, assegurou.

“A educação híbrida, do ponto de vista geral, significa toda e qualquer forma de organizar a aprendizagem, o que que inclui a combinação entre atividades com a presença do professor na sala de aula   e  atividades  sem a presença do professor”, observou a presidente do Conselho Nacional de Educação. 

Ela ressaltou dentro novo sistema de ensino híbrido, “o tempo e o espaço em que as atividades se realizam são -pelo menos parcialmente – controlados pelos alunos”.  Nesse sentido, no documento a ser publicado, o CNE não deverá estipular percentuais de aulas presenciais ou híbrida a serem cumpridos pelos professores e alunos.

A presidente do CNE ressalta que o conceito de aprendizagem híbrida já existia no Século XX. “A grande diferença agora é temos uma educação mediada por tecnologias com interação pedagógica. Nos   referimos à\ educação centrada no aluno e no aprendizado, em que o professor tem o papel cada vez mais de mediador e consultor”, observou.

Segundo ela, “a aprendizagem híbrida não significa acabar com a educação presencial. Pelo contrário, ela vem mais no sentido de reforçar as atividades presenciais por meio das metodologias e das pedagogias ativas. São pedagogias que realmente levam ao desenvolvimento do ensino e da aprendizagem por meio de projetos, grupos de estudos e de novas tecnologias, que podem mudar completamente o tempo e os espaços de aprendizagem”.

De acordo com a presidente do Conselho Nacional de Educação, as instituições de ensino superior terão que se reinventar no pós-pandemia. “As Universidades terão que montar um plano emergencial de transição para a nova realidade. Deverão identificar as dificuldades ou avanços dos alunos. Por outro lado, deverão elaborar planos estruturantes, observando as mudanças curriculares”, afirmou a professora Maria Helena Castro.

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