Uma análise criteriosa sobre a ocupação de vagas formais no mercado trabalho do Norte de Minas, a partir de dados oficiais, com detalhes sobre economia, ocupação e perfis sociais dos empregados, dentre outros pontos. Este é o objetivo central do projeto “Observatório do Trabalho”, que a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) desenvolve na região.
A partir dos dados conclusivos, o estudo ajudará a apontar novos formatos de políticas e ações públicas e privadas que possam ampliar as ocupações do mercado de trabalho nesta parte do Estado. Os primeiros números divulgados pelo estudo apontam 204.380 empregos formais na macrorregião do Norte de Minas, conforme informações do Ministério de Trabalho referente ao ano de 2012.
O professor Roney Versiani Sindeaux, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração da Unimontes (GEPAD), é o coordenador do Observatório e explica que os dados oficiais disponibilizados pelo Ministério do Trabalho já foram coletados e analisados. O município de Montes Claros, com 97.545 empregos formais, corresponde a 47,72% do total de vagas ocupadas formalmente no Norte de Minas.
“Identificamos setores e o porte das empresas empregadoras, perfis dos trabalhadores empregados (sexo, faixa etária, escolaridade, estado civil) e os vínculos de emprego (como tempo de permanência, rotatividade, remunerações, etc)”, explica o pesquisador.
SEMINÁRIOS
O próximo passo está na realização de seminários nas sete microrregiões geopolíticas do Norte de Minas para a apresentação da realidade local à comunidade, entidades e sindicatos classistas, poder público, universidades e clubes de serviço.
O primeiro seminário neste sentido acontecerá em Januária, neste dia 25 (sexta-feira), a partir das 9 horas, no campus da Unimontes naquela cidade. Mais seis eventos acontecerão em Janaúba, Salinas, Grão-Mogol, Pirapora, Bocaiuva e Montes Claros – nesta ordem.
“Além de apontar as peculiaridades locais com base em nosso estudo, os eventos nas microrregiões divulgarão dados precisos sobre seus respectivos municípios. Além disso, ampliam os debates sobre alternativas de políticas públicas e ações privadas que podem fomentar a ampliação do emprego formal em seus municípios”.