O Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), com patrocínio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), promoveu o Prêmio Mineiro de Economia pelo 30º ano consecutivo. Um dos agraciados foi Daniel Brito Alves, egresso do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que recebeu Menção Honrosa com o estudo “Educação e Desenvolvimento Econômico: um estudo para a região Norte de Minas Gerais, com ênfase no ensino fundamental”.

Segundo o autor, a produção fez parte do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de Economia, na Unimontes, em dezembro de 2017. A premiação foi entregue em evento no auditório do BDMG, em Belo Horizonte, ao final de novembro.

O Prêmio Mineiro de Economia foi promovido pelo Corecon, em parceria com o Sindicato dos Economistas de Minas Gerais (Sindecon-MG) e a Associação dos Economistas de Minas Gerias (Assemg). O concurso teve 22 trabalhos inscritos de oito faculdades de Ciências Econômicas de todo o Estado. Foram premiados os três primeiros lugares e concedida uma menção honrosa.

O estudo, segundo o egresso da Unimontes, teve como objetivo “verificar a existência da relação entre educação e o desenvolvimento no Norte de Minas e investigar os pontos determinantes do desempenho escolar nas séries iniciais do ensino fundamental na região”.

RELAÇÃO

Daniel Brito verificou a relação direta entre educação e desenvolvimento, constatando as condições socioeconômicas e culturais afetam negativamente o rendimento escolar. “Através da análise espacial constatou-se que, em alguns municípios, a distribuição conjunta do Índice de Desenvolvimento Municipal (IFDM) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) não ocorre de forma aleatória, no espaço. Dessa forma, é possível também se favorecer do efeito transbordamento da relação entre educação e desenvolvimento”, observou o egresso da Unimontes. Ele também analisou que a infraestrutura da escola influencia de forma positiva a proficiência escolar dos alunos.

O autor do estudo ainda constatou algumas diferenças, como o melhor desempenho dos alunos da rede estadual do que estudantes de escolas municipais e uma vantagem dos alunos do sexo feminino em relação aos estudantes do sexo masculino. “(…) Alunos da rede municipal tenderam a apresentar redução na proficiência em relação aos alunos da rede estadual.
Comprovou-se ainda que os alunos do sexo feminino mostraram proficiências maiores que alunos do sexo masculino”, destacou o egresso da Unimontes.

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