Foi realizada na noite dessa quinta-feira (11.04), na Paróquia São Francisco de Assis (Bairro Edgar Pereira), às 20h, a solenidade de lançamento do livro “Ser Tão cheio de fé”, de autoria do padre Antônio Alvimar Souza. O escritor é diretor da Editora Unimontes e professor do departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Montes Claros. A cerimônia foi presidida pela presidente da Academia Montesclarense de Letras (AML), professora Yvonne Silveira. Participou, também, o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC), jornalista Itamaury Telles. Esse é o quarto livro do professor Antônio Alvimar.
O livro foi confeccionado pela Editora Unimontes, contendo 129 páginas nas quais estão distribuídos 28 capítulos: “os textos versam sobre a alegria, felicidade, morte e violência. A partir da leitura de cada um deles, o leitor é convidado a responder a três perguntas, interrompendo a leitura para fazer uma reflexão. É uma espécie de “devocionário””, explica o autor de “Ser Tão cheio de fé”.
A apresentação da obra foi feita pelo escritor Wanderlino Arruda, que destacou que “o livro é uma lição de vida e deve ser lido e refletido por todos”. Ele se referiu aos aspectos educacionais, culturais, éticos e religiosos, frisando que uma das mensagens do livro é a esperança, “ponto fundamental de nossa eterna reflexão”, concluiu.
Prestigiaram o lançamento os escritores Itamaury Telles, Wanderlino Arruda e Yvone Silveira
Na oportunidade, a escritora Yvonne Silveira ressaltou a importância da obra para a literatura brasileira e salientou os benefícios proporcionados pela leitura: “toda pessoa tem que se elevar sobre as coisas materiais”, observou da presidente da AML. Por sua vez, o presidente do IHGMC, Itamaury Telles, enfatizou “que o escritor faz parte da história de Montes Claros” e ressaltou o fato de ele ser integrante dos quadros da academia.
A FÉ – O autor do livro, padre Antônio Alvimar, disse que “a fé é um elemento indispensável para que as pessoas superem as grandes dificuldades do momento”. Ele observou que “os textos são exatamente uma tentativa de mostrar que o sertanejo é um “teimoso e que, apesar de muitas dificuldades, é uma pessoa que vence o cotidiano”, lembrou.
Do livro também se extrai uma discussão teórico-teológica-acadêmica já que a discussão da fé, como explica o professor Antônio Alvimar, “só tem sentido em um universo acadêmico, exatamente porque é uma questão pedagógica dos campos específicos, na vida, no cotidiano. O ser humano é um ser integral, de fé, esperança. E a fé exige que o ser humano tenha que lidar com seus amores, paixões, ilusões e desilusões. A fé alimenta a dimensão utópica de transcendência do ser humano. É o que faz sentido para viver”, pondera.
Cerimônia foi marcada também por apresentações musicais e artísticas de fiéis da paróquia
Para o professor, as pessoas não perdem a fé, mas sim passam por momentos de aridez na vida. “A vida continua tendo uma dimensão do mistério. Nunca temos a última palavra sobre as últimas coisas. As pessoas não perdem a fé, experimentam, sim, aridez. Se se perde a fé, perde-se a crença na existência da vida. E nessa perspectiva, que sentido tem continuar vivendo?”, questiona o padre, argumentando que as experiências com a fé podem acontecer fora do grupo religioso.
A cerimônia foi intercalada por apresentações musicais e artísticas de fiéis da paróquia São Francisco de Assis.
