Publicação resulta de pesquisas da Universidade

As características urbanas e os problemas enfrentados pelos municípios da região de Montes Claros foram abordados em estudos realizados por uma equipe de professores e pesquisadores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Como resultado das pesquisas, foi lançado o “Atlas urbano e regional: pequenas cidades da região geográfica Intermediária de Montes Claros – MG (RGINT/MOC)”, publicação da Editora Unimontes.

O trabalho foi coordenado pela professora Iara Soares de França, do Departamento de Geociências e dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geografia (PPGEO) e em Sociedade Ambiente e Território (PPGSAT). Os estudos que resultaram na publicação contaram com a parceria dos professores e pesquisadores Anete Marília Pereira, Carlos Alexandre Bortolo, Marcos Esdras Leite e Maria Ivete Soares de Almeida, também vinculados ao Departamento de Geociências e a programas de pós-graduação Stricto sensu e projetos de pesquisa da Universidade. Contaram ainda com bolsistas de iniciação científica.

A professora Iara Soares de França, que é doutora em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU),  destaca que o Atlas apresenta as informações de 30 municípios norte-mineiros da chamada “região geográfica intermediária de Montes Claros”, com artigos produzidos pelos autores dos estudos. Eles enfocam aspectos sociais, econômicos, ambientais e regionais.

As pesquisas foram desenvolvidas no período de 2016 a 2024 e contaram com financiamentos de agências de fomento como o Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

“Apresentamos na obra os resultados das pesquisas referentes aos problemas enfrentados pela população dos municípios e quais são os principais desafios nesse contexto. Além disso, abordamos as potencialidades que podem ser úteis para se pensar na implementação de políticas públicas e na melhoria da qualidade de vida população”, afirma a professora Iara Soares de França.

Ela explica ainda que o “Atlas urbano e regional: Pequenas cidades da região geográfica Intermediária de Montes Claros” foi elaborado por meio de uma metodologia quali e quantitativa, com uma cartografia temática. “Além de mapas, os resultados das pesquisas são apresentados a partir de ilustrações, gráficos, tabelas, quadros, infográficos e fotografias, que permitem análises e reflexões”, relata a coordenadora.

Ainda de acordo com a professora Iara Soares de França, o Atlas consiste em “um recorte geográfico a partir das visões dos gestores e da população sobre os principais problemas e possíveis soluções. Estrutura-se com uma cartografia temática que expressa diagnósticos e prognósticos”.

A coordenadora ressalta que foi feito um diagnóstico com o mapeamento e análise prognóstica de 30 municípios. “Como resultado, além desta publicação, um conjunto de artigos produzidos pelos seus autores possibilitam examinar processos espaciais, sociais, econômicos, ambientais e regionais. Trata-se de um esforço para compreender as dinâmicas e transformações contemporânea, integrada a uma pesquisa que se filia no âmbito das ciências humanas e sociais”, afirma.

Problemas apontados pela população

A professora Iara Soares de França lembra que o Atlas lista problemas apontados pela população.  O entrave na  saúde pública obteve a maior prevalência de respostas, sendo considerado em 50% dos municípios pesquisados como o principal problema.  Em segundo lugar, aparece o desemprego, seguida da infraestrutura (referindo-se à disponibilidade e qualidade dos equipamentos públicos, das praças e do asfaltamento de ruas e estradas ). Em quarto lugar destacou-se a educação, com índice de resposta equivalente a 17,8% da população.

Em seguida, aparecem os problemas  segurança pública (15,5%) e dificuldade no transporte (12,25%). Por último, a qualidade da gestão pública foi avaliada como principal problema do município  9,2% dos entrevistados.

Soluções

A partir dos estudos, os autores do Atlas também indicam medidas como soluções para os problemas verificados nas cidades da região intermediária de Montes Claros. Uma ação sugerida é “desenvolver processos de planejamento e gestão, além da necessidade de otimização dos instrumentos urbanísticos, de modo a atender e melhorar as demandas municipais”.  

Outro aspecto observado é a  importância da relação e interação entre os municípios da região para o desenvolvimento de ambos e, com isso, para a execução de um  regional.

“Por isso, a relevância do planejamento regional, por ser de grande importância para o crescimento e desenvolvimento de determinada região. Diante disso, é inegável a necessidade e a importância dos instrumentos urbanísticos como a principal ferramenta do poder público para o ordenamento das cidades e das regiões”, conclui a professora Iara Soares de França.

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