O “Sistema Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Pós-Graduação” foi o tema abordado em palestra proferida pelo diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Paulo Sérgio Lacerda Beirão, para professores e pesquisadores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e convidados, na manhã dessa sexta-feira (14/06). Na oportunidade, foi enaltecida a importância das universidades na formação de pesquisadores no País.

O  evento foi realizado no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) em Montes Claros. O diretor do CNPq foi recepcionado pelo pró-reitor de Pós-Graduação, professor Hercílio Martelli Junior, que representou o reitor da Unimontes João dos Reis Canela.

Ao proferir palestra, Beirão destacou que o Brasil empreende esforços no sentido de ampliar o número de pesquisadores. Hoje, informou, o País conta com uma relação de 1,4 pesquisadores para cada grupo de 1 mil habitantes (cerca de 140 mil envolvidos em projetos de investigação científica e tecnológica). A meta é atingir o percentual de 2 pesquisadores para cada 1 mil habitantes (450 mil) em 2022.

Ele salientou que, para aumentar o número de pesquisadores e obter avanços da inovação tecnológica e no registro de patentes, o Brasil precisa seguir algumas diretrizes. “Uma ação necessária é a melhoria da qualificação de pessoal”, afirmou o diretor do CNPq, enaltecendo o papel das parcerias com as universidades e com as fundações estaduais de fomento à pesquisa. Uma delas é a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Também destacou a importância de iniciativas como o Programa Ciência sem Fronteiras, que visa o envio de universitários para complemento dos estudos em universidades estrangeiras, pelo sistema de “bolsa sanduíche”. 

O professor Paulo Sérgio Beirão defendeu também a ampliação dos investimentos na investigação científica e tecnológica. Nesse sentido, lembrou que o Brasil aplica 1,4% do seu PIB (Produto Interno Bruto) na área científica enquanto países desenvolvidos como o Canadá e a Coréia do Sul aplicam 3,4% do PIB no setor. 

Após a conferência, Paulo Sérgio Beirão se reuniu com os professores e pesquisadores vinculados aos programas de mestrado e doutorado da Unimontes, que esclareceram dúvidas sobre a política de financiamento de bolsas para pesquisas e programas de pós-graduação da agência de fomento.

INVESTIMENTOS CNPQ/UNIMONTES – Atualmente, a Unimontes conta com 47 bolsas de Iniciação Científica concedidas pelo CNPq,  que somam R$ 181.200,00, além de cinco bolsas de produtividade, no valor total de R$ 66 mil. A instituição dispõe ainda de R$ 95.640,00 aprovados em edital de demanda universal da agência de fomento, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Universidade Estadual de Montes Claros também conta com 545 projetos de pesquisa em andamento. 

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