Anualmente se celebra o  13 de maio, data em que se relembra a abolição da escravatura para todas as pessoas em situação de escravidão que existia no Brasil desde o século 16. Esse dia foi visto de maneira fantasiosa pela historiografia oficial. “Essa narrativa sobre a Lei Áurea, assinada em 1888 pela princesa Isabel, filha de D. Pedro 2º, é só mais uma das tantas narrativas que põe panos quentes na história do Brasil”, salienta o sociólogo Túlio Custódio.

Desta feita, é preciso compreender que 13 de maio também significa a luta de pessoas como José do Patrocínio e Luiz Gama, que foram lideranças fundamentais e estiveram no centro da luta abolicionista.

Portanto, a abolição não foi nenhum ato de caridade da princesa Isabel que através da lei áurea, deu liberdade aos escravizados. A abolição foi o resultado de um processo de lutas e resistências de pessoas negras e também não negras contra a realidade da escravidão neste país. Esse processo de emponderamento e resistência do povo negro põe-se em marcha continuamente, já que a lei Áurea não foi acompanhada de medidas para integrar os libertos na sociedade. 

O NEAB/UNIMONTES reconhece a luta e a resistência deste povo  e, reverenciando os ancestrais, ressalta a urgência de políticas públicas mais eficientes que promova a dignidade do “devir negro no mundo”.

Prof. José Maria – Neab/Unimontes

Relacionadas

Unimontes e ABA lançam livro sobre desmonte ambiental e violação de direitos
Município de Olhos D’Água recebe as ações do Projeto Unimontes Solidária
Capes/MEC aprova três novos cursos de doutorado e mais um mestrado da Unimontes.
Lançada Campanha de Financiamento Coletivo para Produção do Documentário sobre Zé Côco do Riachão
Unimontes realiza melhorias no centro esportivo universitário e demais áreas do campus-sede
Unimontes promove solenidade de colação de grau em Janaúba