Comitiva da Universidade acompanhou a visita da secretária de Estado de Agricultura ao Centro de Desenvolvimento de Tecnologias, em Catuti

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) passa a integrar um programa específico para a retomada do plantio de algodão no Norte de Minas, cultura que foi um dos pilares do agronegócio regional nos anos 80 e 90. Uma das ações importantes neste sentido foi realizada nessa quinta-feira (2/9), durante a visita da secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, ao Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Algodoeiras (Cedetac), no município de Catuti, na microrregião da Serra Geral. O local receberá uma usina de beneficiamento de algodão.

Pela Universidade, uma comitiva formada por professores e acadêmicos esteve com a secretária, acompanhada pelo reitor, Antonio Alvimar Souza, e pelo chefe do Departamento de Ciências Agrárias, professor Mauro Koji Kobayashi. “A Unimontes pode e precisa dar respostas para os anseios da sociedade”, destacou o reitor, ao reafirmar o papel da pesquisa acadêmica na transformação da realidade regional.

A participação da Unimontes está associada à expertise científica sobre a cultura, uma vez que desde 2008, os professores e pesquisadores do campus Janaúba realizam uma série de estudos sobre as cultivares de algodão mais apropriadas para o plantio em consonância com as características da região. Paralelamente, há pesquisas sobre o uso racional da água no manejo da cotonicultura.

ALGODÃO E ÁGUA

O trabalho mais recente neste sentido é coordenado pelo professor doutor Silvânio Rodrigues dos Santos, na Fazenda Experimental da Unimontes, também em Janaúba. O estudo analisa a irrigação com lâmina d’água reduzida em cultivares e o monitoramento da qualidade do algodoeiro a partir de imagens aéreas. A Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), a Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) são parceiras na pesquisa.

O professor Silvânio Rodrigues explica que, diante da baixa disponibilidade de recursos hídricos na região norte-mineira, a pesquisa consiste em definir a reposição mínima de água que, ao mesmo tempo, viabilize o melhor rendimento econômico da cultura e a manutenção da qualidade da fibra do algodoeiro.

Também como objetivo está na identificação do material genético mais indicado para o cultivo irrigado – e com menor demanda de água –, além da validação da rotina computacional que faz a mensuração dos atributos biométricos de plantas, o que interfere sobre como deve ser o trato cultural da lavoura.

O projeto conta, também, com os professores doutores Abner José de Carvalho, Clarice Diniz Alvarenga Corsato, Ignacio Aspiazú, Marcos Koiti Kondo, Victor Martins Maia e Willer Fagundes de Oliveira, além da pesquisadora da Epamig, Polyanna Mara de Oliveira, e os mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal no Semiárido (PPGPVS-Campus Janaúba), Bruno Soares de Souza e Lucas Jesus Leal Pimenta.

“Esta pesquisa beneficiará, principalmente, pequenos produtores rurais, que passam a contar com a ciência para aumentar a produção e, consequentemente, a renda”, finalizou o reitor Antonio Alvimar.

Fotos: Alex Sezko/Unimontes

GALERIA DE IMAGENS

Relacionadas

Unimontes investe em conectividade e oferece Office 365 gratuito à comunidade acadêmica
Prazo para renovação de matrículas para o primeiro semestre de 2025: 13 a 22 de janeiro
PA Campus segue aberto até dia 26 e retorna em fevereiro
Veja o que funciona na Unimontes durante o recesso
CIBio da Unimontes intensifica inspeções em laboratórios de pesquisa
S.A.J. Itinerante da Unimontes beneficia mais de 7 mil pessoas em 2024