Nesta segunda-feira (8/05), às 19h30min, será realizada a entrega do título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) ao filósofo, teólogo e indigenista Egydio Schwade.

A sessão solene do Conselho Universitário para a entrega do título será realizada às 19h30min, no auditório do Centro de Ciências Humanas (CCH),prédio 2 do campus-sede.

Egydio Schwade (Foto: Reprodução | BNC Amazonas)

A proposição da concessão do título honorífico ao indigenista Egydio Schwade foi feita pelo professor Gustavo Henrique Cepolini Ferreira, do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Geografia da Unimontes. A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário em março de 2021, no período da pandemia do Coronavírus.

Na proposta apresentada ao Conselho Universitário, o professor Gustavo Cepolini ressaltou que o indigenista tem um grande legado em defesa dos povos da floresta.

O indigenista Egydio Schwade divulgou mensagem, agradecendo a Universidade Estadual de Montes Claros pela concessão do título de Honoris Causa. “Põe a semente na terra e não será em vão. Não te preocupe a colheita. plantas para o irmão”. Agradeço à Unimontes pela lembrança desta homenagem, marcada para o dia 8 de maio, em memória ao aniversário de Doroti Alice (também indigenista), a minha querida companheira e condutora durante a trajetória mais difícil, mas também mais linda de minha vida”, escreveu o homenageado.

Ainda na mensagem, Egydio Schwade lembra que a concessão do título da Unimontes foi aprovada em plena pandemia do Coronavírus. Ele salienta que aceitou a homenagem, pensando em todos os seus companheiros e companheiras de luta, citando integrantes de várias entidades ligadas aos direitos dos povos indígenas e dos trabalhadores, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Menciona também “jornalistas, médicos e muitos outros e outras que, a partir dos 60 e anos 70, lutam, lutaram, vivem ou sofreram o martírio ou já morreram pela causa indígena, quilombola e camponesa. E não foi em vão! Comunidades e povos estão aí, enaltecidos, vigorosos e destemidos, com a sua causa assumida, apontando os caminhos de esperança, do Bem-viver, para toda a humanidade”.

CURRÍCULO

Filósofo, teólogo e indigenista, Egydio Schwade é gaúcho da cidade de Feliz e tem 87 anos. A partir do início da década da 1960, ele passou a se dedicar às tribos indígenas da Amazônia. Em 1969, criou a Operação Amazônia Nativa (Opan). Em 1972, Egydio Schwade foi um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ao lado, entre outros, do padre jesuíta Antônio Iasi Júnior, Dom Pedro Casaldáliga e Dom Tomás Balduíno; foi o primeiro secretário executivo da entidade. Em 1973, foi um dos redatores do documento “Y-Juca-Pirama – o Índio, aquele que deve morrer”, sobre a espoliação dos povos nativos, e que foi assinado por um grupo de bispos e missionários.

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