Uma recepção aos idosos com palavras de fé, amor, compaixão e respeito, além de momentos de oração e música. Este é o cenário que propõe o projeto “Braços Abertos com o Crasi”, que acontece três vezes por semana na recepção do Centro “Mais Vida” de Referência em Atenção à Saúde do Idoso “Eny Faria de Oliveira” (Crasi), vinculado ao Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Unimontes.
Nos seis primeiros meses do ano, o Crasi realizou 56.584 procedimentos, média mensal de 4.715 pessoas. Entre as pacientes atendidas pela unidade está Alzira Alves Alencar, de 83 anos, que aprovou a criação do projeto de “Braços Abertos” e se diz encantada com a recepção que teve na última quarta-feira (11/9). “Foi tudo muito bonito, pois temos que ter Deus no coração. Sem Ele nada somos”, disse a senhora, que esteve no Centro acompanhada pela cuidadora Magna Rosa Costa Silva.
“O Crasi e o HUCF estão de parabéns, pois foi um momento lindo. Amei a música e a oração. Embora tenha sido breve, nos deixou mais leve. É bom começar o dia assim”, acrescentou Magna.
“Inicialmente, o projeto está programado para as segundas, quartas e sextas-feiras, sempre pela manhã”, adiantou Carlos Pereira de Jesus, enfermeiro e gerente do Crasi/HUCF. “A finalidade do projeto é de acolhimento, proporcionar um momento de paz e, ao mesmo tempo, humanizar o atendimento prestado às pessoas pelo Hospital”, disse.
Ainda de acordo com o enfermeiro, o projeto acontece desde março deste ano. “É um momento de oração, em que buscamos humanizar o atendimento e a interação entre o idoso e o servidor que o irá atendê-lo e já percebemos uma grande diferença nesta relação. Quebramos barreiras e notamos a melhoria do ato de servir, pois a oração e a música levam paz a alma de quem ouve”, explicou.
Para fazer parte do projeto, os servidores passam por treinamento constante com psicóloga. “Precisamos estar preparados para servir e atender da melhor maneira possível”, finalizou.
Servidora de carreira há mais de 30 anos no HUCF, Marília Santos Gonçalves é uma das voluntárias no projeto “Braços Abertos com o Crasi”. Ela explica aceitou de imediato o convite para participar da iniciativa. “É muito gratificante o que faço. Amo cantar e louvar a Deus. E o que a gente faz aqui é levar uma mensagem cantada para as pessoas que estão à espera do atendimento ou procedimento que irão passar. Muitas pessoas não estão debilitadas apenas fisicamente, mas mental e espiritualmente. O canto leva paz para a alma. O convite para vir cantar aqui foi irrecusável. Muitos de nós vivem a carência de ouvir a palavra de Deus”, disse a servidora.