A visita da trupe de Teatro de Bonecos Folclóricos do Norte de Minas mudou a rotina da Escola Ciranda da Vida – Pedagogia Hospitalar – do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Unimontes. Na manhã desta sexta-feira (21/8), a companhia fez uma apresentação única aos pequenos pacientes do HUCF que são atendidos pela unidade. Além do teatro propriamente dito, as crianças participam de oficinas para a produção e ornamentação dos capacetes, adereço típico dos catopés, além de outros adereços folclóricos.

Para Vilma Dias, coordenadora da Escola Ciranda da Vida, o objetivo da integração entre a trupe e a unidade é promover de uma forma mais intensa as manifestações culturais de Montes Claros, tradicionais nesta época do ano, com personagens como os catopês, caboclinhos e marujos.

“Essa vivência externa ao HUCF ajuda no tratamento e ameniza a dor da criança e de seus responsáveis. A cidade respira Folclore e não há como não se contagiar com toda essa cultura, mas por uma série de detalhes eles não podem acompanhar nada disso neste momento. É interessante até mesmo para nós que estamos acostumados com a rotina de um Hospital promover algo como esta apresentação; ver no rostinho de cada criança um sorriso, ouvir o batuque das mãos e no coração das mães um alento”, comemora.

CANTIGAS

Os pequenos pacientes da Pediatria se divertiram ao som de parlendas, cantigas de roda, teatro e muita animação. A atividade integra a comemoração do Dia do Folclore, comemorado neste sábado (22/8). A data foi oficializada em 22 de agosto de 1965.

Os artistas Tom Dié e Ricardo Brandão foram os responsáveis pela alegria que embalou a garotada. A Trupe foi formada em 2001 e conta histórias de personalidades, moradores comuns, animais, causos e lendas urbanas, segundo os artistas, “fisgadas” de várias cidades do Norte de Minas.

“Aqui no HUCF nos apresentamos desde 2003. Temos um acervo e 120 peças. Levar cultura para crianças internadas num hospital é diferenciado e, ao mesmo tempo, gratificante para todos nós”, descreveu Tom Dié, coordenador do grupo.

A lavradora Orlanda Fagundes Macedo é da comunidade de Agreste, em Varzelândia, município do Norte de Minas. O espetáculo de hoje, segundo ela, lhe rendeu uma sensação especial. Depois de 23 dias com o neto na ala pediátrica do HUCF, ele recebeu alta. A criança estava com um quadro de leishmaniose. “É felicidade demais voltar para a casa com o meu netinho. E agradeço a estas meninas que tanto nos ajudaram. Ficar nos quartos dá uma sensação de ficar preso, mas na Escolinha os meninos se sentem livres. E que show bonito esse, hein? Muito bonito, tudo. É a primeira vez que vejo e ficamos encantados”, afirma a Dona Orlanda.

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