A participação da Unimontes na rede nacional está concentrada na pesquisa sobre a palmeira do coco macaúba, comum no Norte de Minas (Divulgação)

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) está entre as instituições participantes de uma rede nacional de pesquisas que visa a realização de estudos sobre o aproveitamento das palmeiras na produção de biocombustíveis. Será avaliado o potencial energético de espécies como o babaçu (Nordeste), macaúba (Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, inclusive no Norte de Minas) e ainda o tucumã e o inajá (região Norte).

A iniciativa é coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e será viabilizada com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto é denominado “Propalma – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em palmáceas para a produção de óleo (biocombustível) e aproveitamento econômico de co-produtos e resíduos”.

As atividades do Propalma serão centralizadas na Embrapa Agroenergia, sediada em Brasília/DF. A Unimontes participa do projeto juntamente com outras sete universidades brasileiras e nove unidades da Embrapa. O projeto deverá ser concluído dentro de três anos.

PRIMEIROS ESTUDOS

A Universidade Estadual de Montes Claros desenvolverá os estudos sobre o aproveitamento da macaúba e outras palmáceas para a produção de biocombustíveis através do departamento de Biologia Geral, com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa. Na pauta dos trabalhos, os aspectos ligados à reprodução e à fenologia. Pela sua participação no projeto, a universidade receberá aporte de R$ 64.602,72 na forma de bolsas de mestrado e de iniciação científica.

Conforme explica o professor Leonardo Monteiro Ribeiro, coordenador de Iniciação Científica da Pró-reitoria de Pesquisa, a Unimontes foi convidada pela Embrapa para participar da rede nacional porque já possui estudos neste sentido. A instituição desenvolve uma pesquisa sobre o aproveitamento do coco macaúba.

Os pesquisadores do departamento de Biologia Geral da Unimontes já concluíram três experimentos relacionados ao tema: “Conservação e utilização sustentável do coco macaúba (Acrocomia Aculeata/Areacaceae) na bacia do Rio São Francisco – Norte de Minas Gerais” e “Desenvolvimento tecnológico para exploração sustentável de Macaúba (Acrocomia Aculeata)”, ambos coordenados pelo professor Dario Alves de Oliveira, e “Estudos sobre o armazenamento de frutos de macaúba (Acrocomia aculeata/Jacq.), Lodd. ex. Matius (Arecaceaea), do próprio professor Leonardo Monteiro Ribeiro.

INCIDÊNCIA DA PALMEIRA

Além disso, observa Leonardo Monteiro, no estado de Minas Gerais existe uma grande concentração de palmeira macaúba, sobretudo nas regiões do entorno de Belo Horizonte, Vale do Paranaíba e no Norte de Minas (Bacia do Riachão). “A inserção da Unimontes na rede nacional de pesquisas sobre as palmeiras é de grande importância, representando também a oportunidade para o estabelecimento de novas parcerias com instituições que já se destacam em pesquisas relacionadas à utilização sustentável de recursos naturais”, afirma o professor.

Relacionadas

Reitor aborda desafios do atual momento da Unimontes e convoca: “Precisamos expandir nossas ações”
NIC/Unimontes oferece 225 vagas em oito cursos presenciais de inglês
Pesquisa da Unimontes avalia condições de saúde dos quilombolas
Reitores da Unimontes e UEMG discutem ações conjuntas
Filosofia: agenda em maio terá laboratório com debate sobre currículo e defesas de dissertações
Unimontes entre as convidadas para audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Ciência, na Assembleia