A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) é uma das 55 instituições de ensino superior contempladas pelo Edital de Projetos de Extensão em Interface com a Pesquisa, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Foi aprovada a proposta coordenada pela professora Andréa Maria Narciso Rocha de Paula, do departamento de Ciências Sociais, intitulada “O Sujeito Agente-Pessoa Sertão: cultura popular e patrimônio cultural no Alto Médio São Francisco”, com financiamento de R$ 21.268,38.

O trabalho tem como objetivo realizar o registro interativo da memória das pessoas do sertão, considerando os sujeitos populares como agentes ativos da pesquisa e dela participantes enquanto atores da cultura popular e das histórias locais.

Segundo a professora Andréa Narciso, “o projeto será desenvolvido pelo Grupo de Estudos do Rio São Francisco Opará, do departamento de Ciências Sociais da Unimontes, em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU)”. Estarão envolvidos oito pesquisadores das duas instituições (três professores e cinco graduandos e pós-graduandos), sendo que os trabalhos serão realizados entre outubro deste ano e setembro de 2013.

O Pró-reitor de Pesquisa da Unimontes, Vicente Ribeiro Rocha Júnior, salientou que esse Edital “é o único da Fapemig que financia projetos com a interface da extensão com a pesquisa, visando a integração da comunidade com a universidade”. Ressaltou a iniciativa dos professores do departamento de Ciências Sociais em desenvolver ações que fazem chegar à comunidade o conhecimento gerado na Universidade: “há de destacar também o envolvimento dos professores do departamento de Ciências Sociais em pesquisas integradas com a comunidade, o que demonstra a preocupação da Universidade com a responsabilidade social”.

OUTRAS PESQUISAS

A professora Andréa Narciso lembrou que, atualmente, são desenvolvidos pelo grupo Opará outros dois outros projetos de pesquisa, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Uberlândia: “Etno-cartografias do Rio São Francisco” (com financiamento do CNPq) e “Beira Vida-Beira Rio” (com financiamento da Fapemig). Nesses trabalhos estão envolvidos cinco professores e cinco graduandos e pós-graduandos das três instituições de ensino superior.

Para a realização do projeto “Etno-cartografias” foi realizada uma viagem de barco no percurso navegável do Velho Chico mineiro entre os municípios de Pirapora e Manga. “Foram visitados lugarejos, ilhas, comunidades e quilombolas, com o objetivo de registrar os modos de vidas do homem ribeirinho”, salientou a professora Andréa Narciso. Os trabalhos terão prosseguimento até novembro próximo.

Já o projeto Beira Vida-Beira Rio está construindo um acervo de histórias de vida, dos vídeos e mapas afetivos, dos escritos realizados (textos, dissertações, teses, monografias) e das manifestações culturais recolhidas no decorrer da pesquisa. Os trabalhos deverão estar concluídos em janeiro de 2013.

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