Preço de hortifrutigranjeiros teve forte influência no índice diante da pouca resistência das lavouras com o período de chuva intensa em janeiro

Produtos como beterraba, laranja, tomate, cenoura e batata apresentaram alta considerável no estudo da inflação de janeiro, conforme o IPC (Foto: Christiano Jilvan)

O primeiro mês de 2020 registrou uma inflação próxima a 1% em Montes Claros – superior à média brasileira. É o que revela o boletim do Índice de Preços do Consumidor, o IPC, divulgado nesta semana pelo Departamento de Economia da Unimontes. O percentual em janeiro foi de 0,91% contra 0,59% na medição nacional, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – para família com rendas a partir de um salário-mínimo.

Por outro lado, na comparação com dezembro/2019, a inflação montes-clarense de janeiro teve uma variação negativa, de – 0,28%. Uma das razões pode estar na queda de preço de um dos produtos mais consumidos na mesa do brasileiro. A carne bovina, que foi a grande vilã ao final do ano passado, apresentou uma queda de quase 7% no preço médio do quilo (- 6,15%).

Por outro lado, o período de chuvas em janeiro teve grande influência na produção de vegetais, frutas, hortaliças e legumes mais sensíveis ao excesso de água. E, como consequência, houve a alta de preços como da cenoura (39,84%), tomate (23,26%), maracujá (19,73%), batata inglesa (15,7%), beterraba (14,21%) e laranja (11,42%), principalmente.

Ainda entre os “vilões” na inflação em janeiro estão as chamadas despesas típicas no início de cada ano, que registraram reajustes consideráveis como, por exemplo, nas matrícula e mensalidade escolares (8,69%), nos livros (5,10%) e no licenciamento de veículo (3,29%).

CESTA BÁSICA

Composta por 13 itens considerados comuns, a cesta básica, por sua vez, custou o equivalente a 33,23% do salário-mínimo para aquisição, saindo de R$ 339,50 em dezembro para R$ 345,31 em janeiro – R$ 5,81 mais cara de um mês para outro (1,71%).

SOBRE – O IPC/Unimontes é feito com base na pesquisa de preços de produtos, bens e serviços em 400 estabelecimentos comerciais da cidade, com coleta de dados sempre no primeiro dia de cada mês. A equipe é formada por oito pesquisadores coordenados pela professora Vânia Silva Vilas Bôas Lopes. O cálculo é feito com base no rendimento de famílias entre um e 6 salários mínimos.

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