A Chapada Diamantina, um dos destinos mais procurados do ecoturismo no Brasil, foi objeto de estudo por parte dos alunos do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Uma equipe de 32 acadêmicos do 4º e 6º períodos do curso, coordenada pelo professor Pedro Jorge Gomes, fez trabalho de campo no Parque Nacional da Chapada Diamantina, situado na região central do estado da Bahia, durante quatro dias em abril.

A atividade foi desenvolvida dentro das disciplinas “Geografia do Brasil/Nordeste” (sexto período) e “Teoria da Região e Regionalização” (quarto período). Conforme o professor Pedro Jorge Gomes, a região foi escolhida para a atividade de campo “por possibilitar uma análise contextualizada de aspectos da região geoeconômica Nordeste, bem como permite explorar o processo de formação e diferenciação de áreas do complexo nordestino”.

Ele ressalta que a viagem teve como objetivo contextualizar a discussão teórica relacionada com a atividade prática das disciplinas relacionadas e, ao mesmo tempo, conhecer aspectos fisiográficos da Chapada Diamantina a partir dos locais de visitação. Outra meta foi observar a estrutura e conhecer o processo histórico de formação e desenvolvimento da cidade de Lençóis, localizada na região.

OPORTUNIDADE

O professor Pedro Jorge Gomes destaca que o trabalho de campo representa uma oportunidade para que os estudantes visualizem aplicações práticas para as concepções teóricas abordadas em sala de aula. “O trabalho de campo aproxima o aluno da prática. É uma oportunidade para vivenciar a realidade in loco”, enfatiza.

A delegação da Unimontes percorreu trilhas e visitou vários pontos da Chapada Diamantina, como o Morro do Painá, a Gruta da Fumaça, o Poço do Diabo, o Rio Mucugezinho e as regiões da Pratinha e do Ribeirão do Meio. Foram abordados vários aspectos como a formação vegetal, áreas de preservação e organização socioespacial.

O professor de Geografia da Unimontes destaca que uma das questões observadas foi o relevo, com atenção para os acidentes geográficos da região. “Foi verificado como os acidentes geográficos constituem a paisagem da região e como essa paisagem interfere na ocupação humana”, relata Pedro Jorge.

Ele ressalta que também que foi analisado como o ecoturismo tem contribuído para mudar a condição socioeconômica regional, em aspectos como rede hoteleira, culinária e o trabalho dos guias e das agências de turismo.

SAIBA MAIS: Parque Nacional da Chapada de Diamantina

Criado por intermédio do Decreto Federal n˚91.655, de 1985, o Parque Nacional da Chapada Diamantina ocupa 152 mil hectares na região Central da Bahia. Trata-se de uma das maiores áreas de preservação do país fora da Região Amazônica, abrangendo 24 municípios. O objetivo da criação do parque nacional foi a preservação das belezas cênicas da região, visando também a conservação das nascentes de importantes cursos d água, como o Rio Paraguaçu, principal rio baiano, responsável pelo abastecimento de 60% da população de Salvador.

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