A acadêmica Eduarda Rodrigues de Almeida Porcino, do segundo período do curso de Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Montes Claros, é uma das ganhadoras do Prêmio Neide Castanha – 8ª Edição/2018 –, concedido pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Com trabalho coletivo “Filhas de Frida”, ela conquistou o primeiro lugar na categoria “Comunicação Digital”. A entrega acontecerá em solenidade oficial na Câmara dos Deputados, em Brasília (Distrito Federal), no dia 14 de maio.

A premiação está em sua oitava edição e homenageia a assistente social Neide Castanha (in memoriam), norte-mineira nascida em Januária, um dos símbolos na luta contra a violência física e sexual às crianças e adolescentes no Brasil. Ela foi uma das responsáveis pela elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente e na criação do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Além disso, coordenou por oito anos o Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria) e exerceu a secretaria executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

“Filhas de Frida”, como explica Eduarda Porcino, existe há dois anos e meio, ainda quando estudava no ensino médio, como uma rede de páginas em redes como o Facebook e Instagram com o objetivo de abranger as causas sociais, especialmente o combate à violência e as intolerâncias. O trabalho vai além do universo eletrônico: constantemente são realizadas ações como palestras em escolas públicas em áreas de maior risco social, com o propósito de combater e denunciar a violência física e sexual de crianças e mulheres.

Confira

O alcance impressiona: nestes dois canais das redes sociais, o coletivo possui 275.727 seguidores no Brasil e no exterior. Há, inclusive, artistas de grande projeção, entre os associados às causas das Filhas de Frida. Por semana, ainda segundo Eduarda, as postagens atingem, em média, 1 milhão de visualizações.

Eduarda Porcino1

“Muito gratificante receber este reconhecimento à atuação de causas tão importantes e necessárias para nossa sociedade”, comenta Eduarda. Sobre o nome do coletivo, é uma menção à mexicana Frida Kahlo, artista de vanguarda e considerada como uma das personalidades feministas de todos os tempos. “A Frida é um símbolo da força da mulher, que enfrentou resistências e os traumas pessoais, como a perda de cinco gestações. O nome do nosso coletivo é uma homenagem às filhas simbólicas da Frida”, acrescenta Eduarda.

O 8º Prêmio Neide Castanha é alusivo ao dia 18 de maio, data nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de criança e do adolescentes.

Agraciados da 8ª Edição do Prêmio Neide Castanha
– Boas Práticas: Programa de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência Rede de Programas de Atenção Integral à violência (PAV ALECRIM)
– Cidadania: Mariza Alberton;
– Comunicação Digital: Coletivo Filhas de Frida;
– Produção de Conhecimento: Livro Infantil “Não me toca, seu boboca!”
– Protagonismo de Crianças e Adolescentes: Grou Turismo;
– Responsabilidade Social: Fibria Celulose S.A.
Homenagens especiais:
– Senadora Lídice da Mata
– Walcyr Carrasco

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