1º Fórum das Engenharias: anunciada proposta para o Centro Tecnológico da Unimontes

O campus-sede da Universidade Estadual de Montes Claros receberá, em breve, um Centro Tecnológico, que concentrará os laboratórios vinculados aos cursos de Engenharia. A notícia foi anunciada pelo reitor João dos Reis Canela, durante a solenidade de abertura do 1º Fórum das Engenharias: “O Norte no Desenvolvimento de Minas”, realizada na tarde desta quarta-feira (22/05), no auditório do prédio 6. Para a garantia do projeto, ele ressaltou o empenho do Governo de Minas e dos deputados estaduais para concretizar a iniciativa.

Foi destacado o trabalho iniciado pela Universidade para efetivar a criação dos departamentos de Engenharia e de Serviço Social. Para isso, será necessária a apresentação de uma minuta de projeto de lei a ser encaminhado pelo Executivo Estadual à Assembleia Legislativa, para alterar a Lei 11.517/1994, que reorganiza a estrutura funcional da Unimontes.

“As mudanças são pertinentes, pois, a cada momento, presenciamos o dinamismo do conhecimento”, reiterou o reitor João Canela na abertura dos trabalhos. Ele fez um breve relato sobre o comprometimento de professores e da gestão superior para a implantação do curso de Engenharia Civil. “Foi uma luta árdua, mas com resultados altamente positivos”, disse, reiterando como, de suma importância, “o interesse dos acadêmicos em gerir a informação”, uma vez que são os alunos os organizadores do 1º Fórum das Engenharias.

“Mais profissionais”

O vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), Adriano Garcia de Souza,  prestigiou a solenidade e destacou a necessidade iminente na formação de profissionais qualificados. “Cumprimento a Unimontes pelo brilhantismo e ousadia na realização deste evento, ao garantir a qualidade na formação acadêmica”, disse. Segundo ele, o Brasil apresenta uma defasagem de 30 anos na demanda por engenheiros. “O curioso é que em 80% do PIB do País há ações do profissional de tecnologia vinculada às engenharias”, observou.

O deputado estadual Luiz Henrique Santiago também participou da solenidade de abertura do Fórum. Logo em seguida, presidiu a mesa redonda sobre as “Perspectivas do Norte de Minas”, com a participação do professor Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, coordenador do curso e representante do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Minas Gerais (Semge). Integrante da bancada do Norte de Minas, Luiz Henrique é o propositor da criação da região metropolitana de Montes Claros, que compreenderia 11 municípios.

Análise acadêmica

Laura Thebit de Almeida é acadêmica do 7º período do curso de Engenharia Agrícola, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, em Montes Claros, e destaca a “visão acadêmica” do fórum. “Não somos apenas ouvintes. O evento propõe a aproximação do aluno com os profissionais, com os projetos de desenvolvimento do Norte de Minas, instituições e com o mercado de trabalho”, analisou.

Já César Augusto Rameta, aluno do 1º período do curso de Engenharia Civil da Unimontes, se diz animado por conhecer os campos de ação para os futuros profissionais. “A atuação do engenheiro é cada vez mais abrangente, ainda mais no Norte de Minas, que tem vários projetos de inovação nas mais diversas áreas”, avaliou. Vice-presidente do CREA-Júnior de Minas Gerais, Ciro Colares é aluno da Unimontes. Ele aponta os eventos discentes como “lugar-comum para incrementar a graduação”.

Presidente do Centro Acadêmico do curso de Engenharia Civil, Lucas Moreira, considera o evento uma contribuição dos universitários para a consolidação do Norte de Minas como polo educacional. “Acreditamos que o Fórum seja importante para mobilizar pessoas e instituições para promover o capital humano e corrigir as desigualdades históricas do Norte de Minas”.

A programação do 1º Fórum das Engenharias: “O Norte no Desenvolvimento de Minas” prossegue até a sexta-feira (24/05), com palestras, mesas redondas e visitas técnicas sobre temas como barragens, produção em série, biodiesel, logística, resíduos urbanos, estabilização de áreas degradadas, mineração e gestão de projetos.