A importância da educação como contexto social foi tema de destaque em debate na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), durante os dois primeiros dias do 13º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão (Fepeg). O assunto foi a tônica do II Seminário “Educação do Campo e Ruralidades no Semiárido Mineiro”, realizado na terça e quarta-feira (5 e 6/11), no Espaço de Convivência, entre os prédios 1 e 2 do campus-sede.

O evento acontece sob organização do Laboratório de Educação no Campo (LabÉdoCampo), projeto de ensino instituído dentro da Unimontes e que atua em articulação com outras entidades e instituições.

Na mesa de diálogos “Educação no Campo e as Relações com Movimentos de Reafirmação e Resistência”, um dos debatedores foi o professor, escritor e doutor em educação Miguel González Arroyo. Segundo ele, “a educação no campo parece estar em um momento de desconstrução”. Também falou sobre os movimentos de acesso à terra por parte de quilombolas, indígenas, pequenos agricultores e pelas comunidades tradicionais diante do avanço do agronegócio. “A luta pela terra é a luta pela vida”,enfatizou.

A coordenadora do seminário, professora Magda Martins Macedo (Departamento de Educação), fez um resgate das ações da Educação no Campo desenvolvidas pela Unimontes e destacou que, nas décadas de 1990 e 2000, a Universidade foi pioneira no Brasil ao criar e implementar projetos educacionais em 44 áreas de assentamento no Norte de Minas e em outras regiões do Estado.

Em outro momento, houve a discussão sobre as práticas educacionais reserva indígena Xacriabá, que reúne cerca de 10 mil pessoas no município de São João das Missões (Norte de Minas). O assunto foi abordado pelo professor Nei Xacriabá, que atua no ensino fundamental e médio na comunidade.

Ivone Gonçalves, acadêmica da Unimontes (fotos: Christiano Jilvan/Unimontes)

“Os Xacriabás têm um calendário escolar diferenciado, no qual, em um dia do mês, são convidadas as pessoas mais idosas da reserva para transmitir aos jovens alunos conhecimentos sobre as tradições, rituais e trabalhos de artesanato. O objetivo é repassar e garantir a manutenção dos costumes do povo indígena para as novas gerações”, revelou Nei.

Ivone Gonçalves, acadêmica do curso de Letras/Espanhol da Unimontes, explicou a escolha sobre participar do Seminário. “Foi tudo novo pra mim. No início, me inscrevi como atividade curricular, mas percebi de imediato que os temas do FEPEG estão bem interessantes, a começar pela discussão sobre a escolaridade e o acesso dos assentados à escola. A gente percebe que a questão é um pouco marginalizada, mas há avanços também. Um bom exemplo é a Escola Família de Agricultores”, revelou.

Além de apresentação de trabalhos científicos, debates, oficinas e seminários, o 13º Fepeg tem sido ambiente também ambiente de estreias. Depois de 23 anos sem estudar, Cristina dos Santos ingressou na Unimontes. Caloura do curso de Letras/Espanhol, também participou do Seminário e “pude perceber como o Fepeg reúne tamanha diversidade de conhecimento e de ideias”, comemorou Cristina dos Santos.

DEPOIMENTOS

“Foi tudo novo pra mim. No início me inscrevi porquê precisa de horas, mas vi que os temas do Fepeg este ano estão bem interessantes. O seminário discute a questão da escolaridade e do acesso dos assentados à escola. A gente percebe que a questão é um pouco marginalizada, mas há avanços também. Um bom exemplo é a Escola Família Agrícola (EFA)”, disse Ivone Gonçalves, acadêmica do curso de Letras Espanhol.

Cristina dos Santos, que depois de 23 anos sem estudar, ingressou na Unimontes

Além de apresentação de trabalhos científicos, debates, oficinas e seminários, o 13º Fepeg tem sido também ambiente de estreias. Depois de 23 anos sem estudar, Cristina dos Santos ingressou na Unimontes. Caloura do curso de Letras Espanhol, também participou do Seminário e “pude perceber como um evento como o Fepeg reúne tamanha diversidade de conhecimento e de ideias”, comemorou a acadêmica de Lestras Espanhol, Cristina dos Santos.

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