A universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), por meio do Observatório de Desigualdades e Discriminações Étnico – Raciais e pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), promove o 1º Colóquio Internacional “Comunidades Tradicionais de Terreiro: desafios e estratégias para assegurar direitos, fortalecer a identidade e garantir a permanência”, a partir desta quarta-feira (29/11) e vai até sexta-feira (01/12). O evento acontece no auditório do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS Unimontes), prédio 06 do campus-sede.
Na programação do encontro, constam conferências, com palestrantes nacionais e internacionais. O objetivo é visibilidade à comunidade e à cultura de matrizes africanas, que está presente no Norte de Minas.
O reitor da Unimontes, professor Wagner de Paulo Santiago recebeu terça-feira (28/11), a comissão organizadora do evento com seguintes professores: a coordenadora do Observatório das Desigualdades e Discriminações Étnico-raciais, Maria Railma Alves, do Departamento de Política e Ciências Sociais, juntamente com as Cláudia Luz de Oliveira e Ângela Cristina Borges (Departamento de Filosofia) e Denilson Meireles Barbosa (Departamento de História) , Leandro Luciano Silva Ravnjak (Departamento de Direito Público Substantivo), a mestranda Maria Luiza Oliveira; o Mestrando Luiz Fábio Pinheiro; e o representante do Conselho Municipal de Cultura, Charlene Aguiar.
“É com muita honra que a Unimontes realiza um evento dessa envergadura e importância para o meio acadêmico e cultural do Norte de Minas. Quero expressar todo o apoio da reitoria e dizer que a Universidade precisa ser plural e acolher eventos como esses que fazem parte da nossa história. Conclamo a todos os professores, servidores, acadêmicos e comunidade em geral para estar presente e acolher os participantes com o carinho e respeito devido às matrizes africanas que estão a tantos anos presente na nossa cultura”, ressalta o reitor da Unimontes.
A coordenadora do Observatório das Desigualdades e Discriminações Étnico-raciais, professora Maria Railma Alves agradeceu a acolhida do reitor e falou sobre o Colóquio. “O evento é uma estratégia política e cultural para possibilitar as trocas de saberes e fortalecer os vínculos intercomunidades e colaborativos entre os territórios e suas lideranças. Através da realização do Colóquio a Universidade terá oportunidade de ampliar suas áreas de conhecimento e possibilitar a inclusão de dos povos de terreiros, dos negros, dos povos originários e os demais sujeitos que historicamente, foram marginalizados do processo histórico, político e cultural.”
O Colóquio destina-se com especial atenção às comunidades tradicionais de terreiro do Norte de Minas Gerais, Casas de Axé e Terreiros, rurais ou urbanos, bem como a pesquisadores, professores, comunidade acadêmica em geral, representantes dos Núcleos de Estudos, Pesquisas e Extensão Afro-brasileiros e os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indigenas (NEABS e NEABIS), Movimento Negro e Movimentos Sociais que trabalhem e considerem o sagrado afrobrasileiro em suas pautas.
A professora do Departamento de Filosofia, Ângela Cristina Borges fala sobre o papel da academia para a inclusão dessas comunidades no meio social. “A realização desse Colóquio na Unimontes é um grande avanço no âmbito da Universidade, no sentido do que ela coloca no universo tendo que contemplar a diversidade e ao mesmo tempo combater o racismo religioso, admitir a existência das comunidades de Terreiros, que foram invisibilizadas, conclui a professora.
Programação
A programação de quarta-feira (29), terá início às 16h00 – Credenciamento (Hall do prédio 06 – CCBS Unimontes), 19h00 – Abertura do evento: Gira para o Senhor dos Caminhos – Ilê Branco de Tauamin (Mam’etu Sitaulaê e Tatteto Ojuadê – Montes Claros/MG) e 20h00 – Conferência – Identidade e Reconhecimento na Diáspora.
Informações e programação completo no site: https://projetocomunidades0.wixsite.com/1–col-quio-internac/programa%C3%A7%C3%A3o