Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Unimontes tem cinco projetos contemplados no edital de Chamada Universal do CNPq

Cinco projetos elaborados por docentes da Universidade Estadual de Montes Claros foram contemplados no âmbito do edital de “Chamada Universal”, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O documento foi lançado em janeiro deste ano, com recursos previstos da ordem de R$ 200 milhões. Aproximadamente 21,6 mil pesquisas concorreram na seleção. Destas, 12,4 mil foram recomendadas e 4.587 foram selecionadas para financiamento.

Conforme a Pró-Reitoria de Pesquisa, no caso específico da Unimontes, os recursos são próximos de R$ 200 mil para as cinco pesquisas a serem desenvolvidas pela Universidade, com investimentos para as áreas de Geociências, Ciências Agrárias, Ciências da Computação e Odontologia. O CNPq dividiu em três as faixas de financiamento: até R$ 30 mil (faixa “A”), até R$ 60 mil (faixa “B”) e até R$ 120 mil (faixa “C”). Três projetos de pesquisa da Unimontes estão relacionados na Faixa “A” e outros dois na Faixa “B”.

Quanto ao valor, explica o CNPq, o montante específico para cada projeto será divulgado até o final do primeiro trimestre de 2016, quando for disponibilizado o termo de liberação dos recursos previstos.

Para o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Marcelo Morales, o edital universal lançado pelo Conselho cumpre a sua missão de democratizar o fomento à pesquisa científica e tecnológica no Brasil, uma vez que atende a todas as áreas do conhecimento, assim como as diferentes regiões do País. Ele observa ainda um número cada vez maior de jovens pesquisadores que participam e são contemplados nos processos de seleção.

Foram contemplados os estudos dos professores Marlon Cristian Pereira Toledo e Maristella Martineli, da área de Ciências Agrárias; Sandra Célia Muniz Magalhães (Geociências), Alfredo Maurício Batista de Paula (Odontologia) e Marcos Flávio Silveira Vasconcelos D’ngelo (Ciências da Computação).

ESPACIALIZAÇÃO

Para a professora Sandra Muniz, do Departamento de Geociências da Unimontes, o financiamento da pesquisa “Espacialização e Estudo do Câncer no Norte de Minas – 2004-2014” será de extrema relevância, uma vez que a proposta apresenta dados imprescindíveis às políticas públicas na identificação dos espaços de maior ocorrência e maior incidência da doença na região. “A atuação da Geografia no campo da saúde transforma a análise epidemiológica, que deixa de apresentar um caráter exclusivamente médico e passa a mostrar um contexto mais amplo e espacial, com análises tanto no campo físico quanto em relação ao meio social”, explica a pesquisadora.

Quanto à aprovação do projeto junto ao CNPq, para Sandra Muniz “vem reforçar a necessidade de estudos nessa temática, devido sua importância epidemiológica e da magnitude como problema de saúde pública, principalmente em regiões menos desenvolvidas. Nesse sentido, compreender a realidade socioambiental da região é a etapa inicial e fundamental para definir planos e ações que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas”, finaliza, ao destacar o grupo de pesquisa já consolidado com o qual trabalhará: “com bastante experiência no que se refere à espacialização e análise de doenças”.

Fazem parte do grupo de trabalho os professores Sandra Célia Muniz, Maria das Graças Campolina Cunha e Marcos Esdras Leite (Unimontes); Samuel do Carmo Lima (UFU), as médicas Bertha Andrade Coelho e Priscila Miranda (Associação Presente) e os mestrandos Mônica Oliveira Alves, Bruna Laughton, Káthia Ramos de Moura e Emerson Vinícius Ferreira Maciel (mestrado em Geografia/Unimontes).