Nos próximos dias 28 e 29 de junho, será realizado pelo sistema virtual o “Colóquio Alexina de Magalhães Pinto: história das mulheres escritoras”, com debates e mesas redondas. A iniciativa é da coordenação do Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários e do Departamento de Comunicação e Letras da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O evento conta com a parceria do Grupo Mulheres em Letras da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As inscrições poderão ser feitas até o dia 27 de junho, no site oficial do evento, no qual também pode ser conferida a programação geral do colóquio. As vagas são limitadas. O evento poderá ser acompanhado por meio do link.
O colóquio marca a comemoração do centenário da mineira Alexina de Magalhães Pinto, educadora e escritora. De acordo com os organizadores, o objetivo é promover uma reflexão sobre a contribuição de Alexina de Magalhães Pinto para a cultura e literatura de Minas Gerais e do Brasil.
PROGRAMAÇÃO
Conforme a organização, o evento promovido por intermédio das plataformas digitais terá cena debates sobre concepções e perspectivas históricas e culturais relativas à participação feminina naquele contexto de “ Bélle Époque” e sobre o labor de mulheres que contribuíram e contribuem para constituição da literatura e das culturas mineira e brasileira.
Serão abordados aspectos relacionados à vida e obra da homenageada, Alexina de Magalhães Pinto, “com o objetivo de contribuir para resgatar do esquecimento esta singular e extraordinária mulher e o seu meritório trabalho de pesquisa e etnografia e, ainda, sobre a pertinência da produção da autora para a contemporaneidade”.
Quem foi Alexina de Magalhães Pinto
Nascida em 4 de julho de 1869, em São João Del-Rei, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais, Alexina de Magalhães Pinto faleceu aos 51 anos de idade, em 17 de fevereiro de 1921, vítima de um atropelamento de trem, em Corrêas, distrito de Petrópolis (RJ) ocasião em que residia no Hotel Dom Pedro daquela localidade.
Considerada detentora de uma personalidade dinâmica e de uma mentalidade avançada para a sua época – de acordo com a pesquisadora Nelly Novaes Coelho – a autora foi uma das educadoras pioneiras a se opor a métodos retrógrados de ensino naquele fim de século XIX, contrapondo-se ao tradicionalismo das escolas e envolvendo-se na tarefa de produção de uma literatura para as crianças e jovens brasileiros.
Alexina de Magalhães Pinto tinha como projeto pesquisar, recolher e organizar provérbios e máximas, narrativas e cantigas populares de diversas regiões das Minas Gerais e arredores em coletâneas que pudessem figurar como uma espécie de currículo indispensável à formação do humano a ser adotado por escolas brasileiras como método de ensino-aprendizagem.
Com importantes obras publicadas entre os anos de 1907 e 1916, Alexina de Magalhães pouco aparece em livros de historiografia da Literatura Infantil e Juvenil brasileiros e, quando citada, às vezes isso é feito de modo sucinto, sem que se registrem seus textos e sua relevante contribuição cultural e histórica para essa seara.
Serviço
Colóquio “Alexina de Magalhães Pinto: história das mulheres escritoras”
Quando: 28 e 29 de junho
Como se inscrever: site
Até: 27 de junho