Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Unimontes propõe projeto para institucionalizar ações sobre como lidar com animais que vivem no campus

As ações desenvolvidas pela comunidade universitária para a melhor convivência, cuidados e contra o abandono de animais no campus-sede poderá ganhar, em breve, um projeto institucional no âmbito da Universidade Estadual de Montes Claros. A proposta foi sugerida em reunião nesta semana, na Reitoria, como incremento de campanhas sobre o tema que já estão em andamento por parte de professores, servidores e estudantes voluntários.

Acadêmicas Júlia e Maria Eduarda são duas das voluntárias que cuidam dos cães do campus (Fotos: Christiano Jilvan)
Acadêmicas Júlia e Maria Eduarda são duas das voluntárias que cuidam dos cães do campus (Fotos: Christiano Jilvan)

“O projeto pode ser importante de várias formas, desde o bom convívio entre as pessoas e os animais, a sensibilidade contra o abandono e contra os maus tratos e, ainda, o lado educativo, com a aplicação do conhecimento gerado na Universidade para as questões de saúde pública”, comenta a vice-reitora, professora Ilva Ruas de Abreu, que conduziu a reunião nessa terça-feira.

Dentre as sugestões, o projeto estaria associado às práticas extensionistas da Unimontes e que poderá ser aplicado também em bairros e cidades visitados pela caravana do Projeto Unimontes Solidária, já que o histórico de cães de rua é praticamente comum em todas as cidades brasileiras.

CAMPUS

Maguila, Bela e Floca são alguns dos cães considerados comunitários, que são cuidados por várias pessoas no campus-sede. A população canina é cadastrada e conta, atualmente, com sete fêmeas castradas e três machos. O monitoramento é feito por um grupo de nove acadêmicas, que criou há quase um ano o perfil “Os Animais Universitários”, no Instagram, que conta com 1,6 mil seguidores para divulgar todo o trabalho voluntário feito com os cães na sede da Unimontes.

Reunião propositiva para criação do projeto de melhor convivência

Acadêmica do curso de História, Maria Eduarda Rodrigues integra o grupo e participou da reunião ao lado das também voluntárias Ana Luiza Viana (Ciências Biológicas) e Júlia Zuba (Ciências Sociais). Ela explica que os cuidados com alimentação, banho, tosa, medicações e castração são custeados a partir de “vaquinhas” e de doações diretas.

Sobre o projeto proposto pela Reitoria, as universitárias entendem que a parceria institucional seria a melhor forma de socializar as iniciativas de cuidado e convivência com os animais, além de converter este trabalho em práticas educativas, de melhor estrutura e de socialização.

O formato do projeto do ponto de vista didático/institucional será elaborado pelas Pró-Reitorias de Ensino e de Extensão, com sugestões também da Diretoria de Gestão de Campi sobre os aspectos legais de ocupação do espaço público. O convite será estendido à comunidade em geral.

Dentre os propósitos, a orientação de professores e pesquisadores, entre biólogos, veterinários, zootecnistas e médicos sobre pontos como questões sanitárias, campanhas permanentes de vacinação, adestramento e prevenções às parasitoses (carrapatos e pulgas), orientação sobre medicações, castração e alimentação ideal, utilização de materiais recicláveis na construção de bebedouros e comedouros e campanhas de adoção e pelo fim do abandono de cães no campus-sede.

Maguila é um dos cães comunitários do campus-sede da Unimontes