Acadêmicas Júlia e Maria Eduarda são duas das voluntárias que cuidam dos cães do campus (Fotos: Christiano Jilvan)

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Unimontes propõe projeto para institucionalizar ações sobre como lidar com animais que vivem no campus

By Ana Elisa Carvalho de Navarro

May 16, 2019

As ações desenvolvidas pela comunidade universitária para a melhor convivência, cuidados e contra o abandono de animais no campus-sede poderá ganhar, em breve, um projeto institucional no âmbito da Universidade Estadual de Montes Claros. A proposta foi sugerida em reunião nesta semana, na Reitoria, como incremento de campanhas sobre o tema que já estão em andamento por parte de professores, servidores e estudantes voluntários.

“O projeto pode ser importante de várias formas, desde o bom convívio entre as pessoas e os animais, a sensibilidade contra o abandono e contra os maus tratos e, ainda, o lado educativo, com a aplicação do conhecimento gerado na Universidade para as questões de saúde pública”, comenta a vice-reitora, professora Ilva Ruas de Abreu, que conduziu a reunião nessa terça-feira.

Dentre as sugestões, o projeto estaria associado às práticas extensionistas da Unimontes e que poderá ser aplicado também em bairros e cidades visitados pela caravana do Projeto Unimontes Solidária, já que o histórico de cães de rua é praticamente comum em todas as cidades brasileiras.

CAMPUS

Maguila, Bela e Floca são alguns dos cães considerados comunitários, que são cuidados por várias pessoas no campus-sede. A população canina é cadastrada e conta, atualmente, com sete fêmeas castradas e três machos. O monitoramento é feito por um grupo de nove acadêmicas, que criou há quase um ano o perfil “Os Animais Universitários”, no Instagram, que conta com 1,6 mil seguidores para divulgar todo o trabalho voluntário feito com os cães na sede da Unimontes.

Acadêmica do curso de História, Maria Eduarda Rodrigues integra o grupo e participou da reunião ao lado das também voluntárias Ana Luiza Viana (Ciências Biológicas) e Júlia Zuba (Ciências Sociais). Ela explica que os cuidados com alimentação, banho, tosa, medicações e castração são custeados a partir de “vaquinhas” e de doações diretas.

Sobre o projeto proposto pela Reitoria, as universitárias entendem que a parceria institucional seria a melhor forma de socializar as iniciativas de cuidado e convivência com os animais, além de converter este trabalho em práticas educativas, de melhor estrutura e de socialização.

O formato do projeto do ponto de vista didático/institucional será elaborado pelas Pró-Reitorias de Ensino e de Extensão, com sugestões também da Diretoria de Gestão de Campi sobre os aspectos legais de ocupação do espaço público. O convite será estendido à comunidade em geral.

Dentre os propósitos, a orientação de professores e pesquisadores, entre biólogos, veterinários, zootecnistas e médicos sobre pontos como questões sanitárias, campanhas permanentes de vacinação, adestramento e prevenções às parasitoses (carrapatos e pulgas), orientação sobre medicações, castração e alimentação ideal, utilização de materiais recicláveis na construção de bebedouros e comedouros e campanhas de adoção e pelo fim do abandono de cães no campus-sede.