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Unimontes e Sistema Faemg/Senar lançam proposta de convênio para cursos de qualificação técnica do Norte de Minas

By Christiano Lopes Jilvan

December 15, 2020

A área da bovinocultura seria uma das seis atendidas na proposta de cursos técnicos para jovens na parceria entre Unimontes (na foto, campus Janaúba) e Faemg/Senar Norte de Minas (Crédito: Christiano Jilvan)

A Universidade Estadual de Montes Claros e o Sistema Faemg/Senar Minas, da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, iniciam os entendimentos para um convênio que possa ampliar a qualificação técnica para o homem do campo. A proposta passa pelo projeto-piloto na oferta de cursos técnicos de média duração – especialmente para jovens – nas áreas de gestão e manejo, fruticultura, olericultura, apicultura, bovinocultura e avicultura.

A sugestão foi apresentada durante reunião do reitor da Unimontes, professor Antonio Alvimar Souza, e o gerente regional para o Norte de Minas do sistema Faemg/Senar, Dirceu Martins, na manhã desta terça-feira (15/12), na reitoria do campus-sede. Nas próximas semanas, será elaborada a minuta para o termo técnico de cooperação, com a possibilidade de visita a Montes Claros do presidente do Sistema Faemg/Senar Minas, Roberto Simões, para a assinatura do convênio.

“A Unimontes tem o dever de participar das iniciativas voltadas para o bem da comunidade, sobretudo o que pode fortalecer ainda mais a vocação agropecuária de nossa região”, argumentou o reitor, ao confirmar o interesse na proposta de parceria.

Reitor Antonio Alvimar, assessor de assuntos estratégicos Otávio Braga e gerente regional Faemg/Senar Norte de Minas, Dirceu Martins

Ao elogiar a expertise da Faemg, que tem 385 sindicatos rurais como parceiros pelo Estado, além de entidades ligadas aos trabalhadores rurais, o reitor sugeriu que a oferta dos cursos será nucleada em cidades que já possuem um campus avançado da Universidade. Inicialmente, as sedes seriam Bocaiuva, Janaúba, Grão Mogol e Pirapora, no Norte de Minas, e Almenara, Joaíma, no Vale do Jequitinhonha.

A Emater/MG e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) seriam outros apoiadores da iniciativa, assim como o Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), braço do sistema Faemg em ações de planejamento, consultoria e assessoria aos produtores. Outra ferramenta está no incentivo às startups, com o uso de aplicativos para consultas virtuais na solução de dúvidas e no atendimento de demandas pontuais.

ALCANCE

Dirceu Martins fez uma breve apresentação do trabalho desenvolvido pelo Sistema Faemg/Senar, cuja regional do Norte de Minas abrange 73 municípios na capacitação técnica, assistência e orientação aos envolvidos na cadeia produtiva do campo.

Na área da apicultura, por exemplo, a inserção da Unimontes na oferta dos cursos seria um agregador à rede de produção já existente e que conta com um trabalho contínuo de qualificação dos produtores.

“A cadeia do mel do Norte de Minas vem sendo incrementada efetivamente desde 2008, com a realização de seminários e cursos específicos. Neste período até agora, se expandiu de tal forma que a região se tornou referência na produção de qualidade, com reconhecimento internacional e a perspectiva de ampliar o seu mercado consumidor”, explica.

A Faemg/Senar realiza, por exemplo, um trabalho de assistência técnica e gerencial e de treinamentos para a melhor formação do produtor, com o alcance direto para oito grupos (cada um formado por 30 apicultores nos municípios de Bocaiuva, Januária, Monte Azul, São João da Ponte, Brasília de Minas e São Romão). Com visitas periódicas e seminários virtuais, os cursos têm a duração de dois anos, com foco nos aspectos produtivo e de gestão e na sucessão familiar na produção, dentre outros pontos.

“Assim como em outros segmentos agropecuários, havia a necessidade de se melhorar os meios de produção. Ir mais além da produção tradicional. Identificamos que faltava o conhecimento técnico em muitas situações. E no caso da apicultura, para modernizar os meios de produção, foi preciso se preocupar com a segurança na prevenção de acidentes, com a redução dos riscos de perda ou migração dos enxames, adotar métodos mais modernos e eficazes de fabricação e de higiene, com a redução drástica das situações de contaminação ou mesmo fraude”.