Um estudo desenvolvido pela Universidade Estadual de Montes Claros pretende esclarecer pontos determinantes junto à comunidade sobre o Transtorno do Espectro do Autismo e como trabalhar o conhecimento para a educação/formação das pessoas que convivem com o transtorno. Os trabalhos são conduzidos pelo grupo de pesquisa sobre o “Transtorno do Espectro do Autismo – o “TEA Comviver””, criado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), da Unimontes. A primeira intervenção acontecerá nesta quinta-feira (22/6), com a palestra “O que é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?”.
A atividade é voltada para professores e supervisores da educação infantil do município, a partir das 18h30, no auditório da Escola Técnica (Fundação Educacional Montes Claros/FEMC). Serão quatro encontros nos próximos meses. A capacitação conta com a parceria da Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros.
O grupo de estudos é uma ação do projeto “Transtorno do Autismo: efeito de uma intervenção em Pais e em Profissionais da Educação Infantil”, iniciativa da professora Fernanda Alves Maia, que acaba de concluir o doutorado em Ciências da Saúde pela Unimontes.
EM CASA
Docente do Departamento de Fisiopatologia, vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/Unimontes), a professora Fernanda Maia revela que é mãe de um filho com o TEA (de sete anos) e se interessou em aprofundar os conhecimentos sobre o tema. “Quando estava fazendo o processo seletivo para o doutorado, recebi o diagnóstico do meu filho e procurei desenvolver estudos relacionados ao Transtorno do Espectro do Autismo”, explica a doutora, que é graduada em Ciências Biológicas. Ela iniciou o projeto do doutorado em 2014.
O grupo de pesquisa “TEA Comviver” tem como coordenadora a professora Marise Fagundes Silveira, que também foi a orientadora da tese. O grupo é formado por uma equipe multidisciplinar, integrado por profissionais como farmacêutica, educadora física, bioestatística, fonoaudiólogas, odontólogas, psicopedagogas, neuropediatra, pedagoga, pediatra, psicólogo e matemática. Além da idealizadora do projeto, duas profissionais do grupo de pesquisa também são mães de filhos diagnosticados com o TEA.
A iniciativa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Sobre a palestra “O que é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?”, os trabalhos serão ministrados pela fonoaudióloga Vanessa Saeger. Ela vai abordar os diversos aspectos do TEA, fazendo esclarecimentos sobre o comportamento e qual atenção deve ser dada as pessoas com o transtorno.
CAPACITAÇÃO E ENCONTROS – A palestra será o primeiro encontro de uma capacitação destinada aos professores do ensino infantil, denominada “Transtorno do Espectro do Autismo: formando profissionais da educação infantil”, com carga horária de 96 horas/aula. Está previsto o segundo encontro para o dia 6 de julho, que terá como tema “Apresentação e Discussão sobre M – chat” (escala de rastreamento dos sinais do autismo), com abordagem da neuropediatra Carla Patrícia Parrela.
O terceiro evento está previsto para 3 de agosto e terá como discussão “Como identificar uma criança com TEA no contexto escolar?”, com palestra da psicopedagoga Laura Vicuna. No dia 17 de agosto, será discutido o tema “Como encaminhar as crianças identificadas com possíveis sinais do TEA?”, com palestra da pediatra Maria Andressa Neri.
SERVIÇO
Palestra “O que é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?”
Quando: Quinta-feira (22/6), às 18h30
Local: auditório da Escola Técnica (Fundação Educacional Montes Claros/FEMC), Praça da Tecnologia, 77, Alto São João
Público-alvo: professores e supervisores da educação infantil do município de Montes Claros