Polo do Teleminas Saúde no Hospital Universitário Clemente de Faria

Conteúdo do Site Antigo

Teleminas Saúde: programa alcança a marca de um milhão de atendimentos

By DTI

August 21, 2012

O Programa Teleminas Saúde, que proporciona a realização de consultas e exames a distância através de sistema digital, chegou a milhão de atendimentos. Implantada pelo Governo de Minas – como sucessor do antigo Projeto Minas Telecárdio –, a iniciativa conta com a participação da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Dos 658 municípios atendidos pela iniciativa, 150 são da área de abrangência do polo da Unimontes no Norte e Noroeste de Minas e nos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha.

O atendimento de número 1 milhão do Teleminas Saúde, realizado às 11h08 dessa segunda-feira (20/8), foi prestado a uma mulher de 27 anos, moradora do município de Ubaí, no Norte de Minas. O exame digital foi avaliado pelo médico Fábio Mota Fernandes, que integra o polo do Hospital Universitário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

AMPLIAÇÃO

O antigo Minas Telecárdio foi criado em 2006 atendendo, inicialmente, 82 municípios, com a realização de exames da área de cardiologia (ecocardiograma). Com o êxito da experiência, em agosto de 2009, a Secretaria de Estado de Saúde ampliou o programa, que consiste na realização de teleconsultorias em vinte especialidades médicas, de Enfermagem, Nutrição e Odontologia, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, entre outros, além dos serviços de telecardiologia, permitindo a segunda opinião de profissionais das respectivas áreas.

A média estadual é de 1,5 mil consultas virtuais e outros 30 mil eletrocardiogramas a cada mês. Os casos são atendidos diariamente pelos plantonistas, que trabalham nas cidades pólos nas diferentes regiões do Estado. Além da Unimontes e da UFU, o Teleminas Saúde envolve a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que coordena as ações, com a participação ainda das Universidades Federais do Triângulo Mineiro (UFTM), sediada em Uberaba; de Juiz de Fora (UFJF) e de São João Del Rei (UFSJ).

O polo da Unimontes funciona no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF). A equipe do HUCF é responsável pela implantação dos sistemas nas cidades e pelo treinamento constante dos profissionais de saúde, além do suporte e manutenção técnica e incentivo aos municípios para o uso do programa.

COMO FUNCIONA

Conforme explica o professor André Pires Antunes, coordenador do polo do Teleminas Saúde na Unimontes, as unidades da atenção básica recebem um kit, com um computador e sistema de transmissão de dados digital, contando também com máquina fotográfica e impressora. Há dois meses, foi instalado um “ponto digital” do programa no Hospital Municipal Alpheu de Quadros, em Montes Claros.

“O médico ou enfermeiro da unidade de atenção básica, através do sistema de transmissão de dados, envia o exame para um dos polos do programa. A partir daí, o especialista orienta como deve ser feita a conduta para o tratamento”, relata André Pires Antunes. “Quando se trata de casos de urgência, a resposta é dada de imediato. Em outros casos, o laudo do especialista é emitido dentro de, no máximo, uma hora”, completa o coordenador do programa no âmbito da Unimontes.

Ele lembra ainda que, através da transmissão de fotos, é possibilitada a avaliação a distância de lesões e outros problemas como casos de doenças de pele.

André Pires Antunes salienta que o Programa Teleminas Saúde proporcionou a redução de 70% dos custos com os deslocamentos, elevando a qualidade da atenção básica e beneficiando diretamente os moradores dos pequenos municípios. “Mas é difícil de mensurar todos os benefícios para a população. Muitas vidas já foram salvas graças à implantação do programa”, destaca o coordenador, lembrando que a iniciativa também diminui a superlotação dos serviços de saúde dos grandes centros.

EDUCAÇÃO CONTINUADA

Para o coordenador, o Teleminas Saúde apresenta outra vantagem: a educação continuada, com a atualização de conhecimentos por parte dos médicos que trabalham nos pequenos municípios. “Os profissionais têm a oportunidade de discutir as melhores condutas para o tratamento dos casos e se interagir com as universidades. Assim, médicos que, antes diziam se sentir abandonados no interior, ganharam a oportunidade de ampliar seus conhecimentos”, relata André Pires Antunes.