Uma equipe de alunos do curso de Sistemas de Informação da Universidade Estadual de Montes Claros sagrou-se vencedora na etapa regional da XVI Maratona de Programação, promovida pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) em parceria com a Fundação Carlos Chagas. Com a vitória na primeira fase, realizada em 17 de setembro, na Unimontes, o grupo se classificou para a final da competição, que acontecerá nos dias 4 e 5 de novembro, na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, com a participação de cerca de 50 times.
A 1ª fase da maratona de programação foi realizada em 44 sedes regionais em todo o País. Em Montes Claros, participaram da maratona 16 equipes, totalizando 48 alunos da Unimontes e de outras três instituições de ensino da cidade. As atividades foram coordenadas pelo professor Renato Afonso Cota Silva, do corpo docente do curso de Sistemas de Informação da Universidade Estadual de Montes Claros.
A maratona de programação é destinada aos acadêmicos de cursos de graduação e iniciantes em pós-graduação na área de Computação e afins (Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Sistemas de Informação, Matemática, entre outros). Os competidores têm que resolver o maior número possível de problemas dentro de um período determinado. Assim, desenvolvem a criatividade, a capacidade de trabalho em equipe, a busca de novas soluções de software e a habilidade de resolver problemas sob pressão.
O time da Unimontes é denominado “E.Q.U.I.P.E”, sendo integrado pelos alunos Carlos Henrique Miranda Rodrigues, Luiza Alana Valeriano (quarto período) e Anderson Ribeiro e Silva (quinto período). O grupo resolveu quatro problemas dentro do tempo estabelecido.
COMO A MARATONA É DISPUTADA
O formato da disputa da maratona é o seguinte: as equipes (de três integrantes) tentam o resolver no período de cinco horas o maior número possível dos oito ou mais problemas que são entregues no início da competição. Os alunos têm à sua disposição apenas um computador e material impresso (livros, listagens, manuais) para vencer a batalha contra o relógio.
Cada time deve descobrir os problemas mais fáceis, projetar os testes e construir as soluções que sejam aprovadas pelos juízes da competição. Alguns problemas requerem apenas compreensão, outros conhecimentos de técnicas mais sofisticadas e alguns podem ser realmente muito difíceis de serem resolvidos.
Nos enunciados constam exemplos dos dados dos problemas, mas eles não têm acesso às instâncias testadas pelos juízes. A cada submissão incorreta de um problema (ou seja, que deu resposta incorreta a uma das instâncias dos juízes) é atribuída uma penalidade de tempo. O time que conseguir resolver o maior número de problemas (no menor tempo acumulado com as penalidades, caso haja empate) é declarado o vencedor.
O professor Renato Afonso Cota Silva ressalta que, com esse formato, a maratona de programação permite aos estudantes de computação aferirem seus conhecimentos e habilidades em programação, pois cada problema apresentado na prova exige raciocínio lógico, criatividade e bons conhecimentos de matemática e programação. “A competição é uma experiência ímpar para os participantes, pois no mercado de trabalho encontrarão situações similares, nas quais o trabalho em equipe, a criatividade e a capacidade de trabalhar sobre pressão farão deles profissionais diferenciados”, observa o professor.