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Simpósio dá visibilidade às pesquisas e abre perspectiva para ampliar a qualificação na Educação Física

By Christiano Lopes Jilvan

September 27, 2019

Simpef está na segunda edição e, dentre os propósitos, fomentar a produção científica para atender critérios da pós-graduação (Fotos: Christiano Jilvan)

Além dar visibilidade à iniciação científica da graduação e divulgar a prática dos profissionais, o II Simpósio de Pesquisa em Educação Física (Simpef) projeta, também, a possibilidade de ampliar a pós-graduação nas áreas afins no âmbito da Unimontes. O evento que termina na noite desta sexta-feira (27/9) abre perspectiva para a elaboração de cursos Lato sensu e, mais adiante, um projeto conjunto com outras universidades mineiras para a proposta de um mestrado interinstitucional na Educação Física.

Os temas foram abordados nas conferências e mesas redondas ao longo dos três dias de programação, com destaque para o intercâmbio acadêmico com os professores e pesquisadores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). A participação envolve 150 participantes diretos e outros 80 ouvintes, com 30 trabalhos científicos inscritos e avaliados em três linhas de pesquisa.

“O campo de trabalho do educador físico é cada vez mais abrangente e, diante disso, surge o interesse de pensar na oferta da pós-graduação em seus diversos modelos”, comenta o professor Vinícius Dias Rodrigues, um dos coordenadores do evento. E completa: “o Simpósio abre justamente este diálogo, sobre como nos articularmos para criar condições de oferecer cursos Lato e Stricto sensu em curto e médio prazos”.

AMPLIAÇÕES

Também da comissão organizadora, a professora Ester Liberato Pereira explica que, a partir do intercâmbio de informações e experiências com a UFVJM, a Educação Física no âmbito da Unimontes está focada em criar meios de ampliar a qualificação acadêmica para os egressos e os próprios docentes e, ao mesmo tempo, de capacitar os profissionais das diversas áreas de atuação como educadores físicos.

É justamente a possibilidade de enriquecer a experiência acadêmica que fez o aluno João Victor de Araújo, do 8º período bacharelado/Unimontes, a apresentar seu trabalho de pesquisa no Simpósio. “Percebo que ainda não há tanta adesão dos alunos às atividades científicas e penso que o Simpósio está ajudando neste estímulo”, explica.

João Victor Queiroz vê pesquisa como indissociável ao ambiente acadêmico: “Educação Física não é só esporte”

O seu estudo faz uma análise por amostragem sobre a incidência de dores causadas pela prática do Mountain Bike, em geral, com os chamados “atletas do fim de semana”, que apresentam situações de pouco condicionamento físico, excesso de peso, equipamento inadequado e falta de resistência muscular. “É um alerta para a educação destas pessoas sobre como se cuidarem antes das atividades”, destaca, ao revelar que 50% dos 44 entrevistados apresentam quadro de dores constantes no joelho e na coxa.

Mestre em dança pela Universidade Federal da Bahia, Kelly Bonfim da Silva é, atualmente, professora universitária de Ginástica de Academia e de Dança e executora do projeto “Ginástica para Todos”, no pequeno município de Patis, no Norte de Minas. Esta última experiência, que desde 2016 atende à população idosa acima dos 60 anos, foi transformada em trabalho para avaliação no Simpef.

“Foi preciso entender a cultura local para adequar o projeto às pessoas, desde a sugestão das roupas próprias para os exercícios, tipos de música para acompanhamento e o convencimento propriamente dito de como a atividade física é importante e saudável. Havia certa resistência por se tratar de uma cidade pequena ainda sem uma iniciativa como esta. Oferecemos a ginástica localizada em praça pública, com a freqüência de 42 pessoas, com a proposta de mudar os hábitos e melhorar aspectos como o Índice de Massa Corporal (IMC). Hoje, a assiduidade é superior a 90%”.