O Professor Gustavo Cepolini Ferreira, vinculado do Departamento de Geociências e aos programas de Pós-Graduação Stricto sensu em Geografia (PPGEO) e em Desenvolvimento Social (PPGDS) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), lançou um novo livro resultante de trabalho de pesquisa. A publicação é intitulada “Agroecologia: um diálogo para a construção da soberania alimentar e territorial”.
Trata-se da 50ª obra publicada por Gustavo Cepolini, entre livros autorais, coletâneas, paradidáticos e livros de literatura infantojuvenil.Lançado pela Paco Editorial, o livro “Agroecologia: um diálogo para a construção da soberania alimentar e territorial” contou com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do MEC, por meio do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP) e do PPGEO/Unimontes.
O autor explica que o livro reúne uma coletânea de ensaios relacionados às pesquisas e debates sobre a agroecologia e sua pluralidade teórico-metodológica.“Trata-se de uma coletânea com pesquisadoras e pesquisadores engajados no reconhecimento das práticas agroecológicas, sobretudo, a partir do campesinato brasileiro e das suas labutas cotidianas para assegurar um modo de vida ancorado da terra de trabalho e vida. Assim, devemos reforçar que sem democracia não há agroecologia! Sem democracia não há soberania e segurança alimentar e nutricional”, afirma o professor Gustavo Cepolini.
A publicação é composta por 14 capítulos e conta com uma apresentação do organizador e pesquisador Gustavo Cepolini e um prefácio elaborado pelos investigadores Maíra Araújo Cândida e Peter Michael Rosset, vinculados ao El Colegio de la Frontera Sur – ECOSUR , de Chiapas ( México).Entre os capítulos da coletânia, destacam-se as discussões sobre alimentação e o papel do campesinato, agroecologia e o papel dos agricultores e do meio ambiente, feiras orgânicas e agroecológicas no Brasil, produção de sementes agroecológicas no Norte de Minas Gerais, agroecologia e gênero em Campo do Meio (MG), agrofloresta e a reforma agrária em São Paulo, Escolas de Agroecologia e o seu compromisso emancipatório, agrotóxicos e alimentos saudáveis, soberania alimentar no Semiárido Mineiro, Circuitos curtos de comercialização e consumo sustentável em Januária (MG), quintais produtivos e o patrimônio biocultural, feiras livres e produção agroecológica, multifuncionalidade e as práticas agroecológicas e agricultura urbana e prática alimentares em Montes Claros-MG.
Além da Unimontes, os autores e autoras são vinculadas às seguintes instituições: as Universidades federais de Minas Gerais (UFMG), dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM) e do Rio Grande (FURG), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado de Minas Gerai (UEMG), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade de São Paulo (USP), Cento Paulo Souza (SP), Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM), Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
No final de agosto haverá um lançamento da Coletânea na Ecosur no México, durante intercâmbio do autor e do mestrando do PPGEO da Unimontes Oswaldo Samuel Santos. Na Unimontes haverá uma atividade temática a partir da publicação da Coletânea durante atividade da disciplina “Dinâmica do Espaço Agrário”, do PPGEO, a ser realizada no dia 10 de agosto, às 19horas. Será agendado lançamento em setembro, com a participação dos demais autores e autoras.
O pesquisador e organizador ressalta que os ensaios versam sobre a possibilidade de uma transição agroecológica em diálogo com a soberania alimentar e territorial. Desta forma, estabelece um profícuo encontro entre a academia, as políticas públicas e as comunidades camponesas, que produzem alimentos, cultura e uma diversidade plural para o campo brasileiro e latino-americano. “Assim, esperamos uma leitura prazerosa e comprometida na interpretação e construção da agroecologia, pois, parafraseando Josué de Castro, a história da humanidade segue desde os princípios mais remotos, a história da luta e resistência pelo pão nosso de cada dia. Que o pão e os demais frutos da terra possam estar livres de veneno, de cercas e das diferentes violências”, conclui o professor Gustavo Cepolini Ferreira.